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ONU manterá ajuda humanitária no Afeganistão apesar de proibições para mulheres

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A ONU continuará entregando ajuda humanitária no Afeganistão, apesar de os talibãs terem proibido as mulheres de estudar e trabalhar, ao privilegiar o “diálogo” sobre a “pressão” com o regime, afirmou, nesta quinta-feira (29), um encarregado da organização.


Ramiz Alakbarov, representante especial adjunto do secretário-geral e coordenador humanitário para o Afeganistão, também anunciou, durante uma coletiva de imprensa, que o chefe da agência humanitária das Nações Unidas, Martin Griffiths, viajará em breve para o país asiático.


Os talibãs acabam de proibir as mulheres de frequentar universidades públicas e privadas no país, e de trabalhar em ONGs nacionais e internacionais, provocando o repúdio do Ocidente.


O G7, o Conselho de Segurança e o secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiram que Cabul suspenda “urgentemente” estas restrições “irresponsáveis e perigosas”, que são “injustificáveis violações dos direitos humanos”.




No entanto, não se deixará de dar ajuda às “mais de 28 milhões de pessoas que a necessitam” neste país, um dos mais pobres do planeta, afirmou Alakbarov.


Os talibãs voltaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, após a saída caótica das forças americanas.


Suspender a ajuda seria uma decisão “de última instância, que nunca tomaremos […] A população afegã não tem nada a ver com esta situação”, acrescentou, ao destacar que “a melhor forma de obter uma solução passa pelo diálogo”.


Alakbarov assinalou que “este movimento não respondeu favoravelmente à pressão no passado”.


O funcionário também anunciou que age com o “único objetivo” de “destravar a situação e pôr em andamento as negociações para que as mulheres possam voltar a trabalhar e as meninas possam voltar à escola”, e que seu chefe, Martin Griffiths, viajará ao Afeganistão em “algumas semanas” com este objetivo em mente.

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