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Corte ordena análise psiquiátrica de sobreviventes de seita que recusam comer apesar de 318 mortes

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Um tribunal no Quênia determinou que 64 seguidores de um controversa seita da fome sejam submetidos a avaliação psiquiátrica. Eles seguem se recusando a comer, mesmo após terem sido resgatados em abril, na floresta Shakahola, ao leste do país, para onde seu líder, o controverso pastor evangélico Paul Nthenge Mackenzie, os havia levado. Os seguidores foram acusados de tentativa de suicídio na última segunda-feira, depois de negarem insistentemente as refeições oferecidas.


De acordo com documentos judiciais obtidos pela CNN no país africano, Mackenzie fez uma lavagem cerebral em centenas de seus seguidores, para fazer com que seus filhos passassem fome antes deles mesmos. As autoridades quenianas já descobriram os corpos de 318 pessoas, depois de exumar outros 15 corpos na quarta-feira.


O gabinete do Diretor do Ministério Público do Quênia disse nesta quinta-feira, pelas redes sociais, que o tribunal decidiu que os seguidores deveriam ser devolvidos ao centro de resgate e “passarem por avaliação mental”. O juiz também ordenou que um “relatório confidencial de cada uma das vítimas seja apresentado ao tribunal”, destacando que esses documentos não devem ser compartilhados publicamente, a menos que a corte permita.




As investigações sobre as atividades do grupo começaram em abril, quando surgiram denúncias de que as terras pertencentes a Mackenzie tinham valas comuns. O pastor fechou sua igreja e mudou o culto para o meio da floresta Shakahola, onde tinha adquirido uma vasta área no ano passado.


Indefinição sobre o líder da seita do jejum

Mackenzie e outros 29 supostos cúmplices foram transferidos de uma delegacia para a prisão, após um pedido dos promotores, de acordo com a CNN. O detalhe é que ele e seu assistente, Smart Mwakalama, estão aceitando refeições. Os outros suspeitos continuam em greve de fome.


Nenhum deles foi formalmente acusado, pois os promotores continuam buscando uma extensão do período de custódia, que permita uma investigação mais aprofundada. A próxima audiência envolvendo eles está marcada para o dia 21 de junho.


Mais indefinições surgiram sobre o andamento deste caso, depois que os dois advogados que representam o acusado se retiraram. Um deles, George Kariuki, informou na quarta-feira que havia desistido, citando uma frustração envolvida. Já Elisha Komora se retirou alegando estar sofrendo intimidação e recebendo ameaças.

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