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Laudo revela que suspeito da morte de ator fingiu ser outra pessoa para atrapalhar investigação

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A polícia concluiu que Bruno de Souza Rodrigues, principal suspeito de assassinar o ator Jeff Machado, fingiu ser outra pessoa com o intuito de atrapalhar as investigações. A perícia de um áudio enviado a Patrícia Triacca, veterinária amiga de Jeff, mostrou que Giovani, suposto namorado de uma amiga de Jeff era, na verdade, a voz de Bruno.


Esse personagem procurava dar informações falsas com relação aos cães do ator, abandonados após o desaparecimento. Jeff tinha oito cães da raça Setter e cuidava deles com muito carinho. Segundo a delegada responsável pelo caso Elen Souto, Giovane é mais um personagem inventado pelo produtor de TV para atrapalhar as investigações.

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Como começaram as suspeitas da veterinária

Dias depois da morte de Jeff Machado, em janeiro deste ano, os cães do ator foram abandonados em ruas da Zona Oeste do Rio. A situação despertou suspeitas principalmente para Patrícia Triacca, que foi a primeira a desconfiar que algo poderia ter acontecido com Jeff e que um impostor se passava pelo artista.

Em mensagens de WhatsApp trocadas após o abandono dos cães, ela estranhou o comportamento e o jeito de falar do ator, que não atendia ligações nem mandava áudios. Em uma conversa, o suposto Jeff deu o telefone de quem seria o “namorado” de uma amiga. Giovani explicaria a situação dos Setters para Patrícia.

— Eu estava achando tudo muito estranho. Há dois anos, eu e Jeff conversávamos sobre mais um Setter que ele gostaria de ter. Eu estava preparando esse cachorro, mandei foto para ele dizendo que estava tudo certo e ele sumiu. Esperei uns dias e falei “e aí, Jeff?”. Ele contou uma história de que os cães tinham sido envenenados e que ele havia gastado muito dinheiro com o tratamento, não dava para ter outro naquele momento — revelou Patrícia em entrevista ao EXTRA.


Jeff teria explicado a Patrícia que os cães estavam na casa de uma amiga em Jacarepaguá. Ela contou ao amigo sobre o abandono deles e, em um primeiro momento, ele se mostrou desesperado, mas não respondeu por áudio nem fez ligações para mais detalhes. Os cachorros foram sendo encontrados dia após dia pela ONG, sobrecarregada com a força-tarefa. Indignada, Patrícia começou a cobrar ação de Jeff, pedindo ajuda no resgate.

Depois de muito cobrar o contato da amiga de Jacarepaguá, o ator deu o telefone do namorado dela, chamado Giovani. Esse rapaz ligou para Patrícia e compartilhou detalhes da situação.

— O “Giovani” contou que conheceu Jefferson na praia de Abricó. Ele teria falado sobre um cachorro muito doente e perguntou se sabiam de um lugar onde ele pudesse abandoná-lo. Combinaram um encontro próximo a uma igreja em Santa Cruz e, quando Jeff chegou, ao invés de um cão, ele estava com os oito.


Personagens para atrapalhar a investigação

Giovani não foi o primeiro personagem criado para atrapalhar as investigações. Em depoimento, o produtor de TV Bruno Rodrigues e o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga afirmaram que um homem chamado Marcelo tinha sido o responsável por matar o ator.

Desde o ínicio, a existência de Marcelo foi descartada para a polícia, que afirmou que se tratava de um personagem fictício criado pelos suspeitos “em uma tentativa desesperada de excluir suas responsabilidades penais”.

Motivação financeira para o assassinato

De acordo com a investigação da Delegacia de Descobertas de Paradeiros, o assassinato ocorreu por motivação financeira. Transações bancárias feitas da conta do ator para Bruno Rodrigues comprovam que o produtor recebeu cerca de R$ 20 mil de Jeff por uma suposta vaga em uma novela das 19h. O que não aconteceu.

A defesa de Bruno Rodrigues afirmou que, mesmo com a prisão, aguarda a decisão do Tribunal de Justiça do Rio sobre o habeas corpus solicitado na semana passada.

— A prisão não interfere no pedido do habeas corpus. A polícia cumpriu a prisão temporária do Bruno. Vamos aguardar os desdobramentos — afirmou o advogado João Maia.


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Jeff foi morto no dia 23 de janeiro dentro da própria casa em Guaratiba. Segundo as investigações, o ator foi dopado e estrangulado com um fio de telefone. Seu corpo foi encontrado pela polícia no dia 22 de maio em um baú concretado no quintal de uma quitinete, em Campo Grande, também na Zona Oeste.

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