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Pyrex e Tupperware, por que marcas clássicas entraram em crise

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A Instant Brands, fabricante dos conhecidos produtos de vidro Pyrex, deu entrada em um pedido de falência nesta segunda-feira. As taxas de juros altas e as condições de crédito rígidas teriam tornado as dívidas da companhia insustentáveis.


A empresa, que tem sede nos Estados Unidos, listou ativos e passivos estimados em até R$ 4,8 bilhões em uma petição de falência apresentada no Texas. A lei de falência dos EUA permite que a Instant Brands continue operando enquanto busca a aprovação de um plano para pagar seus credores.




Em comunicado, a Instant Brands disse que vai receber cerca de R$ 645 milhões em financiamento enquanto se estrutura.


“Depois de navegar com sucesso na pandemia de Covid-19 e na crise global da cadeia de suprimentos, continuamos a enfrentar desafios macroeconômicos e geopolíticos globais adicionais que afetaram nossos negócios”, disse Ben Gadbois, presidente e diretor executivo da empresa, em comunicado.


Inflação e mudança de hábito

Segundo a Associated Press, na última semana, a S&P Global rebaixou a classificação da Instant Brands devido à redução de gastos do consumidor. A empresa chegou a alertar sobre o risco de novas quedas.


Isso porque, os tradicionais itens de vidro de cozinha da marca estão sumindo dos lares. Após um aumento de gastos com os itens durante a pandemia, a empresa viu a inflação impactar na mudança de hábito de seus consumidores. Além disso, a agência de notícias aponta que os americanos estão gastando mais com viagens, por exemplo, do que com itens da marca.


Em crise, potes de vidros e de plásticos

Não são apenas os potes de vidro que estão ameaçados pelas dívidas. Como já mostrado pelo Globo, os amados potes de plástico da Tupperware também correm risco de sumir do mercado. Em um ano, as ações da companhia acumulam perda de 94%, com a empresa valendo apenas US$ 57 milhões na Bolsa.


Após a Tupperware Brands Corp alertar os investidores sobre dúvidas relacionadas à continuidade da marca, suas ações despencaram 47% na Bolsa de Nova York, em março.


Na época, a companhia admitiu que, caso não conseguisse aporte financeiro, poderia ficar sem recursos para operar. Paralelamente, informou estar avaliando demissões e outras possíveis economias em seu patrimônio imobiliário.

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