A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) expressou, nesta segunda-feira (12), sua preocupação sobre a detenção arbitrária de migrantes e solicitantes de asilo, e pediu que as autoridades líbias os tratem com dignidade.
A ONU está “preocupada com as detenções arbitrárias em massa de migrantes e solicitantes de asilo” na Líbia, onde as autoridades prenderam “milhares de homens, mulheres e crianças nas ruas, em suas casas e em batidas em supostos campos e esconderijos de traficantes”, segundo o comunicado.
A UNSMIL denuncia a prisão de “mulheres grávidas e crianças” em locais “superlotados e insalubres” e a “expulsão coletiva” de milhares de estrangeiros, inclusive em casos em que chegaram legalmente ao país.
As autoridades líbias devem “colocar um fim a estas ações e tratar os migrantes com dignidade e humanidade”, em respeito a seus compromissos internacionais.
Também devem permitir às agências da ONU e as ONGs “acesso sem obstáculos aos detidos que precisam de proteção urgente”, de acordo com a UNSMIL.
A Líbia tem mais de 600 mil migrantes, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Exceto por algumas nacionalidades que não exigem visto, a maioria deles entrou de forma clandestina pelas fronteiras do sul desértico, muitas vezes vindo da África subsaariana.
Mergulhado no caos desde a queda do regime de Muamar Gadafi em 2011, o país se tornou uma passagem obrigatória para milhares de migrantes que estão a caminho da Europa cruzando o Mediterrâneo.
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