As fortes chuvas dos últimos dias causaram inundações em várias províncias do centro e do leste de Cuba, com o balanço de um morto, milhares de pessoas deslocadas e danos materiais significativos, informaram as autoridades no sábado (10).
“Os danos são consideráveis nas residências, nas estradas e na agricultura. Estamos trabalhando para proteger e retirar as famílias”, disse o presidente Miguel Díaz-Canel em sua conta no Twitter.
As autoridades relataram, na sexta-feira, a morte de um homem de 60 anos por afogamento na província de Granma (leste), onde mais de 7.200 moradores foram retirados de suas casas e estão abrigados em residências de familiares e amigos. Cerca de 200 pessoas estão em abrigos públicos.
A Força Aérea Cubana fez resgates em uma localidade no município de Yara, em Granma, onde as pessoas ficaram presas dentro de suas casas, devido à água.
Imagens dos veículos de comunicação cubanos mostram extensas áreas inundadas e moradores com água até a cintura em municípios das províncias de Holguín, Camagüey, Santiago de Cuba e Las Tunas, na região oeste, e em Sancti Spíritus, no centro da ilha.
Pontes, estradas e o sistema de esgoto estão danificados em diferentes pontos dessa parte da ilha. O serviço nacional de transporte ferroviário foi cancelado de Havana até o leste do país.
Em Camagüey, capital da província de mesmo nome, os rios Hatibonico e Tínima transbordaram, causando inundações em parte da cidade.
A invasão das águas também levou ao afogamento de nove dos 33 animais de um zoológico daquela província.
Em Las Tunas, cerca de 700 hectares de cultivos diferentes foram afetados.
O presidente pediu à população que “tenha aumente os cuidados e seja responsável”, porque “as chuvas e o perigo ainda não cessaram”.
De acordo com o Instituto de Meteorologia de Cuba, “essa situação hidrometeorológica continua relacionada com a persistência de uma área de baixa pressão nos níveis médios e altos” sobre o Golfo do México.
“Nas próximas 24 horas, essas condições de instabilidade atmosférica se manterão em todo o território nacional, pois a área de baixa pressão terá movimento muito lento, motivo pelo qual persistirá a atividade de chuvas e tempestades elétricas em grande parte do país”, especialmente no centro e leste, acrescentou o instituto.
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