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Presidente mexicano nega ter recebido dinheiro do narcotráfico

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O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, negou, nesta quarta-feira (15), ter recebido dinheiro do narcotráfico em sua campanha eleitoral de 2006, contradizendo informação da defesa de Genaro García Luna, ex-secretário de Segurança do México, julgado nos Estados Unidos.


Na terça-feira (14), o advogado do ex-funcionário mexicano interrogou o ex-narcotraficante Jesús “Rey” Zambada, testemunha da Promotoria, sobre um suposto pagamento de US$ 7 milhões (R$ 36 milhões) ao atual presidente.


“Este advogado falsário, caluniador, corrupto”, disse López Obrador em coletiva de imprensa matinal, ao ser questionado sobre o julgamento realizado em Nova York. “Nós não somos mafiosos, nem somos corruptos”, acrescentou.


Este suposto pagamento, segundo a defesa, teria sido feito a Gabriel Regino quando era secretário de Segurança da Cidade do México e López Obrador era prefeito.




O ex-traficante respondeu a César Castro, advogado de defesa, que lembrava ter pago dinheiro para uma campanha, mas não a López Obrador.


“Zambada foi mais correto. Se analisarmos, este advogado faz parte da mesma máfia de García Luna (…) e de toda a rede de criminalidade política financeira de colarinho branco”, disse o presidente.


O dinheiro, segundo a defesa, teria sido destinado à campanha de López Obrador para a eleição presidencial de 2006, na qual ele foi derrotado por Felipe Calderón.


Durante o governo Calderón, do Partido Ação Nacional (conservador), García Luna foi nomeado secretário de Segurança e era considerado um dos homens mais poderosos do México.


López Obrador questionou, ainda, que as agências americanas encarregadas do combate ao narcotráfico não estivessem inteiradas das atividades de García Luna, de sua vultosa fortuna e de suas propriedades nos Estados Unidos.


“Por que eles (os agentes americanos) não depuseram?”, questionou, ao chamar de “montagem” a estratégia da defesa.


O julgamento de García Luna, acusado de narcotráfico, termina nesta quarta-feira, quase quatro semanas antes do previsto.

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