Nesta quarta-feira (7), durante uma entrevista com o jogador Vinicius Júnior, da seleção brasileira, o assessor de imprensa da CBF retirou um gato de cima do balcão de entrevista. A forma como o animal foi pego foi questionada nas redes sociais. Mas, afinal, qual é a forma correta de pegar um gato?
Confira o vídeo do momento:
Por mais que muitas pessoas ainda acreditem que é comum segurar o animal pela região do cangote, a prática é incômoda e dolorosa para o pet. De acordo Samara Viana (@svrfelinos), médica veterinária especialista em felinos, a forma de segurar o animal pelo pescoço se chama “scruff” e é feita, na maioria das vezes, por falta de conhecimento.
Samara explicou que a forma de pegar o animal é inspirada na forma que os filhotes de felinos são carregados por suas mães, mas, na formação adulta do corpo, a prática não faz o mesmo efeito.
“Quando o gato é filhote, ele tem um ligamento flexor nessa região do cangote, como chamamos popularmente. Aí quando a mãe pega o filhote por ali e locomove o gato através desse local ela tem mais facilidade , porque o ligamento flexor ajuda o filhote a ficar todo contraído, imóvel, durante a manipulação. Mas, a partir de um certo período do desenvolvimento eles perdem a funcionalidade desse ligamento flexor e, se você pega nessa região dessa forma, você machuca”, explicou a veterinária.
De acordo com a profissional, alguns médicos veterinários ainda usam o método para conter o pet. “Dependendo de como é o animal e se for rápido apenas com intuito de conseguir uma coleta ou algo do gênero, ainda é considerável ‘possível'”, salientou. Contudo, ela reforçou que essa atitude, nesse caso, é feita por um profissinal, para conter e não mover o animal.
Muitas vezes, as pessoas optam por segurar o animal pelo pescoço por medo de reações adversas do felino, mas a pegada pode assustar ainda mais o animal. Para um gato adulto, ser pego por um humano pelo cangote é assustador e até doloroso (levantar o peso corporal de um animal pelo cangote é desnecessário e pode ser muito doloroso), o que pode desencadear um comportamento agressivo.
“Na maioria dos casos, a forma correta de segurar o animal é segurando os membros, trazendo o animal mais para próximo ao corpo ou, pelo menos, se o gato não quiser chegar próximo ao corpo, você tentar manipular ele pegando ele sempre por baixo, o corpo inteiro, para distribuir de uma forma melhor o peso”, orientou a especialista.
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