A Rússia foi o país onde a democracia registrou o maior retrocesso em 2022, uma tendência que também se verificou, em menor grau, em El Salvador, Peru e México, segundo um estudo do grupo britânico The Economist divulgado nesta quinta-feira.
Após a invasão à Ucrânia, o índice de democracia da Rússia situou-se na posição 146, caindo 22 lugares em relação a 2021 na classificação do estudo, que incluiu 167 países.
Segundo o relatório da seção de pesquisa e análise do grupo (EIU), a guerra “revelou as divisões entre as democracias desenvolvidas que apoiam a Ucrânia e países em desenvolvimento que escolheram não tomar partido”.
A editora do relatório, Joan Hoey, afirma que “não pode haver democracia sem soberania” e, para ela, “qualquer um que acreditar na democracia deveria apoiar a luta da Ucrânia por sua autodeterminação”.
Na América Latina, El Salvador perdeu 14 posições, passando para a 93ª. O México caiu para o 89º lugar (-3). O Peru, em 75° (-4), passou do grupo de “democracia deficiente” para o de “regimes híbridos”.
Cuba (posição 139, +3), Nicarágua (143, -3) e Venezuela (147, +4) permaneceram no bloco de “países autoritários” na classificação do EIU. O Chile (19, +6), assim como a Espanha (22, +2), voltaram ao de “democracias plenas”, do qual haviam saído em 2021, graças ao levantamento das restrições da pandemia.
A Noruega seguiu como número um da lista, e o Afeganistão, a exemplo do ano passado, fecha o ranking.
Assim como em 2021, menos da metade da população mundial viveu em uma democracia, e apenas 8% em uma “democracia plena”, segundo o estudo, que se baseou em cinco categorias: processos eleitorais e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.
Veja também
AMÉRICA LATINACongresso do Peru rejeita novamente antecipação das eleições para 2023
Covid-19Secretaria de Saúde divulga o primeiro caso da subvariante XBB.1.5 em Pernambuco