Os ataques contra as instalações energéticas da Ucrânia estão criando “novas necessidades” para a população, advertiu, nesta terça-feira (6), o diretor da agência humanitária da ONU, que teme mais deslocamentos de pessoas sem aquecimento em pleno inverno.
“Desde outubro, os ataques constantes às infraestruturas energéticas da Ucrânia geraram um novo nível de necessidade que afeta todo o país e agrava as necessidades causadas pela guerra”, declarou Martin Griffiths diante do Conselho de Segurança da ONU.
“A magnitude da destruição da infraestrutura elétrica e de calefação requer maior apoio da comunidade internacional ao governo ucraniano, para além do que podem proporcionar as organizações humanitárias”, acrescentou.
Segundo Griffiths, “milhões de pessoas” ficaram sem aquecimento, eletricidade ou água, em um momento em que as temperaturas podem cair para abaixo de -20°C.
“Hoje, na Ucrânia, a capacidade de sobrevivência dos civis está ameaçada”, frisou.
Nestas circunstâncias, com 14 milhões de pessoas deslocadas pela guerra (6,5 milhões dentro da Ucrânia e 7,8 milhões de refugiados em outros países europeus), “vemos o risco de novos deslocamentos”, advertiu Griffiths.
A Rússia “utiliza agora o inverno como arma de guerra”, declarou o embaixador francês na ONU, Nicolas de Rivière.
Na semana passada, a agência humanitária da ONU lançou uma convocação sem precedentes para 2023 com o objetivo de satisfazer as crescentes necessidades humanitárias em todo o mundo, impulsionadas pelo conflito na Ucrânia e pela mudança climática.
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