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Presidente argentino pede investigação de conluio entre juízes, promotores e empresários

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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, pediu nesta segunda-feira (5) a abertura de uma investigação criminal sobre uma suposta viagem que reuniu juízes, promotores e empresários da mídia, após a divulgação de mensagens nas quais eram definidas estratégias para ocultá-la.


“Fere a democracia ver a promiscuidade antirrepublicana com que se movem alguns empresários, juízes, promotores e funcionários. Até aqui, eles se sentiram impunes. É hora de começarem a prestar contas por suas condutas”, declarou o presidente.


A mensagem da Presidência foi transmitida em rede nacional, “porque é evidente que grande parte do sistema de mídia privado decidiu não dar conta do ocorrido nessa viagem singular a Lago Escondido”, explicou Fernández.




A polêmica teve origem em uma viagem realizada em 13 de outubro a Lago Escondido, na Patagônia argentina, da qual participaram juízes, promotores, empresários e funcionários da prefeitura de Buenos Aires, controlada pela oposição, segundo nota do jornal “Página/12”, que divulgou o assunto quatro dias depois.


Os viajantes, que se deslocaram em um avião particular, hospedaram-se na casa de campo do milionário britânico Joe Lewis, dono de milhares de hectares no sul do país. Neste fim de semana, veio à tona uma série de mensagens de um chat na plataforma Telegram em que os supostos participantes da viagem combinavam uma estratégia para evitar a sua divulgação e esconder a origem do financiamento, como indicam os áudios e textos divulgados por diversos veículos.


“Parece evidente que a viagem ocorreu, e tudo parece indicar que, sabendo que o fato havia virado notícia, aqueles que teriam participado do mesmo se preocuparam com o risco de terem incorrido em uma série de crimes, como o não cumprimento de deveres de um funcionário público”, advertiu o presidente.


A troca de mensagens veio à tona no momento em que se espera para amanhã o veredito sobre a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, em um julgamento por corrupção durante a sua presidência (2007-2015), um caso que ela definiu como “perseguição política”. O processo contra Cristina e outros 12 réus foi conduzido pelo juiz federal Julián Ercolini, que está entre os supostos participantes da viagem polêmica.

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