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Morre físico suíço Karl Alex Muller, ganhador do Nobel em 1987

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O suíço Karl Alex Muller, ganhador do Nobel de Física em 1987 pela descoberta do primeiro supercondutor de alta temperatura, faleceu aos 95 anos.


O físico morreu em 9 de janeiro, segundo um obituário publicado nesta terça-feira (17) no jornal Tages-Anzeiger por sua família e o laboratório IBM Research, citado também pela agência de notícias suíça ATS.


O cientista faleceu enquanto dormia, segundo o obituário, após ter enfrentado os últimos anos de sua vida com “perseverança e otimismo”, escreveram.


Muller e o alemão Georg Bednorz trabalhavam no laboratório de pesquisas da IBM, em Zurique, quando ganharam o Nobel por “sua importante conquista na descoberta da supercondutividade em materiais de cerâmica”.




Suas descobertas tornaram a supercondutividade mais acessível e abriram caminho para sua aplicação em uma ampla gama de campos, desde trens flutuantes à ressonâncias magnéticas.


A supercondutividade é um fenômeno no qual a eletricidade flui por um material sem nenhuma resistência ou dissipação de energia em forma de calor.


Foi descoberta em 1911, quando o físico holandês Heike Kamerlingh Onnes esfriou mercúrio a -270ºC e descobriu que a resistência elétrica desaparecia.


Durante décadas após a descoberta, acreditava-se que a supercondutividade só era possível com materiais metálicos e temperaturas muito baixas.


Em 1986, entretanto, Muller e Bednorz deixaram de lado as argumentações tradicionais e começaram a provar a supercondutividade em óxidos cujo fenômeno funcionava a uma temperatura maior (-238ºC).


A descoberta de uma nova classe de supercondutores, os chamados supercondutores de alta temperatura (HTS, em sua sigla em inglês), lhes rendeu o prêmio Nobel no ano seguinte.


A Universidade de Zurique descreveu Muller como um “nadador contra a corrente” em um comunicado publicado nesta terça-feira, onde apontava que “1986 foi um ano animador para a ciência em Zurique. Tudo começou com uma ideia aparentemente maluca”.


Desde as descobertas de Muller e Bednorz, os cientistas tentam encontrar supercondutores em temperaturas mais altas. Atualmente, isso pode ser feito resfriando o material, um óxido de cobre, a -140ºC.

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