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“É desnecessário focar no número de mortes por Covid-19”, diz China

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Após críticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a falta de precisão nos dados sobre a Covid-19 fornecidos por Pequim, as autoridades sanitárias chinesas declararam nesta quarta-feira (11) que “não é necessário” focar, no momento, no número exato de mortes pelo vírus.


Depois de três anos de restrições drásticas, a China suspendeu abruptamente a maioria de suas medidas sanitárias contra o coronavírus no início de dezembro passado.




Desde então, o número de pacientes aumentou consideravelmente, e os hospitais estão lotados com pacientes idosos. Crematórios também estão abarrotados.


“No momento, não acho necessário investigar a causa (da morte) de cada caso individual”, descartou o epidemiologista Liang Wannian, chefe do grupo de especialistas contra a covid, encomendado pela Comissão Nacional de Saúde, que funciona como ministério.


“A principal tarefa durante a pandemia deve ser o tratamento”, alegou Wannian.


A China poderá determinar os números de mortes, examinando o excesso de mortalidade “a posteriori”, sugeriu o chefe do departamento de doenças infecciosas do Hospital da Universidade de Pequim, Wang Guiqiang, em entrevista coletiva.


De acordo com dados oficiais, desde o mês passado, foram registradas apenas 37 mortes relacionadas com a Covid-19 na China, um país de 1,4 bilhão habitantes.


Em dezembro, Pequim revisou sua metodologia para contabilizar as mortes por coronavírus. Hoje, somente as pessoas que morrem diretamente de insuficiência respiratória relacionada com o vírus são incluídas nas estatísticas.


Essa mudança de metodologia fez um grande número de óbitos potencialmente ligados à Covid-19 deixar de ser registrado.


Na semana passada, a OMS criticou a nova definição de quantidade de mortes por covid na China, classificando-a como “muito estreita”.


“Continuamos pedindo à China dados mais rápidos, regulares e confiáveis sobre hospitalizações e mortes, bem como um sequenciamento mais completo e em tempo real do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.


Pequim se opôs às críticas e pediu à OMS que adote uma posição “imparcial” em relação à Covid-19.

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