O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chegou, nesta segunda-feira (19), à Itália, uma das escalas de sua viagem à Europa, que incluirá um encontro com o papa Francisco no Vaticano, além de visitas a França e Sérvia, informaram fontes oficiais.
Díaz-Canel irá ao Vaticano na mesma semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem encontro previsto com o papa.
“O presidente @DiazCanelB já está na Itália. Amanhã se reunirá com o papa Francisco e mais tarde com o presidente italiano Sergio Mattarella”, informou a Presidência de Cuba no Twitter.
O cardeal Beniamino Stella, que esteve em fevereiro em Havana, enviado pelo papa, pediu a Díaz-Canel a libertação dos manifestantes presos nos históricos protestos de 11 de julho de 2021.
Naquela ocasião, milhares de cubanos foram às ruas aos gritos de “Liberdade” e “Temos fome”, em protestos que deixaram um morto, dezenas de feridos e cerca de 1.300 detidos, segundo a ONG Cubalex, com sede em Miami.
A ONG de direitos humanos 11J afirma que cerca de 773 pessoas que participaram destes e de outros protestos ainda estão atrás das grades. Pelo menos 490 foram condenadas, algumas a até 25 anos de prisão, segundo números oficiais.
A Igreja Católica desempenhou um papel importante em mediações com o governo comunista de Cuba. Em 2014, interveio no degelo das relações entre Cuba e Estados Unidos.
Em 2010, mediou a libertação dos 75 presos políticos da chamada primavera negra. A maior parte deixou Cuba rumo à Espanha.
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