O presidente russo Vladimir Putin chamou, nesta sexta-feira (16), seu homólogo ucraniano Volodimir Zelensky de “vergonha” para o povo judeu e voltou a justificar a ofensiva militar na Ucrânia, alegando que a ex-república soviética é governada por “neonazistas”.
“Tenho muitos amigos judeus desde a minha infância. E eles dizem que Zelensky não é judeu, que ele é uma vergonha para o povo judeu. Não estou brincando”, declarou o presidente russo no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, ao qual a AFP não teve acesso por não ter sido credenciada.
A Rússia afirma que o tratamento de Kiev à população russófona na Ucrânia é comparável às ações da Alemanha nazista, acusações rechaçadas pelo governo ucraniano e a comunidade judaica no país.
Após as declarações de Putin, o grande rabino da Ucrânia disse que estava orgulhoso de Zelensky. “E não só eu, acredito que todo o mundo está orgulhoso dele”, afirmou o rabino Moshe Reuven Azman à agência de notícias ucraniana UNIAN.
“Ele não fugiu e está fazendo o possível para ajudar o povo ucraniano”, acrescentou.
Por sua vez, o empresário e filantropo ucraniano Viktor Pinchuk, que lembrou que também tem ascendência judaica, disse que “Zelensky é a encarnação da luta pela liberdade, e a liberdade é um dos principais valores do povo judaico”, segundo um comunicado publicado por sua fundação.
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