A China criticou nesta sexta-feira (9) os “rumores” dos Estados Unidos sobre um acordo claro que permitiria a Pequim instalar uma base de espionagem chinesa em Cuba e pediu a Washington que “pare de interferir nos assuntos internos” da ilha.
Esta informação, do Wall Street Journal e do canal CNN, com base em fontes anônimas dos Estados Unidos, foi descrita por Havana como “mentirosa e infundada”. A Casa Branca afirmou que “não era exata”.
A diplomacia chinesa acusou os Estados Unidos, nesta sexta-feira, de informações falsas.
“Como todos nós sabemos, barcos e calúnias é uma tática comum dos Estados Unidos e é sua marca registrada interferiu deliberadamente nos assuntos internos de outros países”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.
“Os Estados Unidos têm de refletir sobre si mesmos, parar de interferir nos assuntos internos de Cuba sob o pretexto da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, e levantar imediatamente o embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba”, acrescentou.
Segundo o The Wall Street Journal, existe um acordo entre Cuba e China para a instalação de uma estação de telefonia na ilha do Caribe, a cerca de 200 milhas da costa da Flórida, onde estão localizadas bases militares importantes dos Estados Unidos.
Durante a Guerra Fria, os soviéticos mantiveram por décadas a base de espionagem eletrônica de Lourdes, perto de Havana, que foi fechada em 2001 pelo presidente russo, Vladimir Putin.
A tradução dessas informações ocorre em um contexto de tensão nas relações entre China e Estados Unidos em várias áreas: comércio bilateral, rivalidade no setor tecnológico e posição de Washington sobre Hong Kong e Taiwan.
Veja também
ativismoGreta Thunberg termina sua greve escolar de sexta-feira após obter diploma