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Mísseis israelenses contra foguetes palestinos em Gaza

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Israel executou bombardeios aéreos na Faixa de Gaza na madrugada desta quinta-feira (2), o que levou os combatentes palestinos a responder com disparos de foguetes contra o território do Estado hebreu.


Os confrontos aconteceram menos de 36 horas depois de uma visita a Jerusalém e Ramallah do secretário de Estado americano, Antony Blinken, para pedir uma desescalada diante da espiral de violência na região.


O exército israelense confirmou em um comunicado divulgado às 2h41 (21h41 de Brasília, quarta-feira) que estava “atacando a Faixa de Gaza” depois de interceptar na véspera um foguete lançado a partir do território palestino.


Correspondentes da AFP observaram dois foguetes lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza após a ação israelense e explosões foram ouvidas na cidade de Gaza. Os serviços de emergência dos dois lados não relataram vítimas até o momento.




De acordo com fontes das forças de segurança e testemunhas, os primeiros ataques (ao menos sete) atingiram um centro de treinamento das Brigadas Al-Qassam, braço armado do movimento palestino Hamas, no campo de refugiados Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.


Outros ataques aéreos atingiram um centro de treinamento das Brigadas Al-Qassam ao sudoeste de Gaza.


O exército israelense afirmou em um comunicado que caças atacaram uma área de produção e armazenamento de material químico, além de um “centro de fabricação de armas” do Hamas.


Na semana passada, vários foguetes foram lançados a partir da Faixa de Gaza em resposta a uma incursão israelense na quinta-feira (26) na Cisjordânia ocupada que deixou 10 mortos no campo de refugiados de Jenin.


Um dia depois da operação, um ataque a tiros diante de uma sinagoga em Jerusalém Oriental provocou as mortes de sete civis.


O atentado foi o mais violento contra civis israelenses em mais de uma década, um ataque celebrado por muitos palestinos em Gaza e na Cisjordânia.


Gaza, um território que tem quase 2,3 milhões de habitantes, está sob bloqueio israelense desde que o Hamas chegou ao poder em 2007.


A Frente Democrática de Libertação da Palestina (FDLP), um grupo armado laico, reivindicou “um lançamento de foguetes (…) em resposta à agressão sionista contra a Faixa de Gaza”.


Do lado israelense, sirenes de alerta soaram em Sderot, uma cidade no sul de Israel perto da Faixa de Gaza, segundo o exército.


As Brigadas A-Qassam afirmaram que responderam aos ataques israelenses com os lançamentos de mísseis.


Violência

Na quarta-feira (1°), o ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben-Givr, afirmou que os ataques recentes com foguetes são motivados por sua decisão de endurecer as condições dos detentos palestinos nas prisões de Israel.


“Os lançamentos a partir de Gaza não abalarão a minha determinação de trabalhar para mudar as condições do acampamento de verão para os assassinos terroristas presos”, disse o ministro.


O aumento da violência atingiu grande parte da Cisjordânia, O ano de 2022 teve o maior número de mortes no território desde que a ONU começou a registrar os números em 2005.


Um total de 235 pessoas morreram no ano passado no conflito israelense-palestino, incluindo autores de ataques, militantes e civis. O ataque de sexta-feira em Jerusalém Oriental matou seis israelenses, incluindo uma criança, e um ucraniano.


O governador regional palestino Jihad Abu al Assal acusou Israel de impor um cerco a Jericó, um destino turístico na Cisjordânia próximo de Jerusalém, depois de um tiroteio no sábado em um restaurante que não deixou vítimas.


“Este é o quinto dia de cerco a Jericó”, declarou na quarta-feira à AFP.


O exército israelense afirmou que aumentou suas forças na região e “intensificou as inspeções nas entradas da cidade, com verificações que podem levar horas para a entrada ou saída da cidade”.

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