Catar, um país do Golfo de maioria muçulmana, reafirmou na quinta-feira (3) à noite a proibição do consumo de insetos, depois que a União Europeia acrescentou, no início de janeiro, ingredientes procedentes desses animais na lista de produtos aptos para a alimentação.
Os produtos à base de insetos não atendem “aos requisitos dos padrões técnicos de alimentos halal” autorizados para muçulmanos, disse o Ministério da Saúde do Catar, de acordo com o comunicado.
As regras do Conselho de Cooperação do Golfo e “a opinião das autoridades competentes” proíbem “o consumo de insetos e suplementos deles extraídos”, acrescentou o ministério.
Este anúncio foi feito após “a decisão de alguns países de aprovar o uso de insetos na produção de alimentos”, disse o Catar.
Os países não foram identificados, mas em janeiro a Comissão Europeia aprovou larvas de besouros e partes de grilos para uso em alimentos.
O Islã não proíbe categoricamente o consumo de insetos, de acordo com os teólogos muçulmanos. A maioria acredita que os grilos são halal, já que são mencionados no Corão, mas muitos especialistas rejeitam o consumo de outros insetos por considerá-los impuros.
O Ministério da Saúde especificou em seu comunicado que “a conformidade dos alimentos às regras halal foi verificada pelas organizações islâmicas credenciadas pelo ministério e por seus laboratórios credenciados internacionalmente”.
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