O Twitter foi processado por um de seus fornecedores de software por supostamente se recusar a honrar um contrato milionário de vários anos – a mais recente reclamação sugerindo que a nova administração de Elon Musk está rompendo relações com parceiros de negócios.
A Imply Data afirma que, depois de pagar faturas totalizando cerca de US$ 4,4 milhões em um contrato de serviços de software que vigora até 2024, o Twitter não pagou sua fatura trimestral de 30 de novembro e “se isentou de qualquer obrigação de pagar futuras faturas”, de acordo com a queixa apresentada no tribunal do estado de San Francisco.
A Imply estimou seus danos em mais de US$ 8 milhões.
Há apenas uma semana, o Twitter foi processado por um fornecedor de jatos particulares por se recusar a pagar cerca de US$ 200 mil por dois voos feitos por seu ex-diretor de marketing, enquanto Musk se preparava para fechar sua aquisição de US$ 44 bilhões da plataforma de mídia social.
Rede social envolta de polêmicas
Tem sido um período tumultuado para o Twitter sob a liderança de Musk. Desde que o bilionário comprou a rede social já foram registradas demissões em massa, saída de anunciantes da plataforma, além de suspensões de jornalistas críticos a Musk.
Conforme informou a Bloomberg nesta semana, diante de um aumento de despesas, Musk pediu à equipe que renegociasse preços com vendedores e fornecedores, ameaçando usar o peso de suas outras empresas se as coisas não saíssem do jeito que queria.
A Imply, que foi fundada em 2015 e tem sede em Burlingame, Califórnia, disse que seu processo marca um “exemplo flagrante” da recusa da plataforma em pagar o que deve a outras empresas “sem justa causa”.
No processo, a Imply disse que, antes da chegada de Musk, o Twitter pagou à empresa de software mais de US$ 10 milhões ao longo de quatro anos e “sempre ficou muito satisfeita com o produto da Imply e seus serviços de manutenção e suporte relacionados”. Em meados de 2021 foi tomada a decisão de extensão do contrato por mais três anos.
A Bloomberg procurou o Twitter, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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