Pular para o conteúdo

Portugal manifesta arrependimento pelo massacre cometido em Moçambique há 50 anos

  • por

Os mais altos representantes do Estado português lembraram nesta sexta-feira (16) os 50 anos do massacre de cerca de quatrocentros civis durante a guerra da independência de Moçambique, manifestando a “vergonha” e a “responsabilidade” coletiva da antiga potência colonial.


“É hora de assumir Wiriyamu”, região da província de Tete onde “um ato inaceitável e terrível” foi cometido por “alguns” membros do exército português, “mas pelo qual Portugal como um todo é responsável”, declarou a Presidência em um comunicado.


“É um acontecimento que nos envergonha, mas que não deve ser esquecido”, afirmou o presidente do Parlamento português, Augusto Santos Silva, em um vídeo compartilhado no Twitter.




“Nesta região foram cometidos vários massacres que foram denunciados por sacerdotes católicos. Mas o massacre de Wiriyamu foi particularmente atroz”, acrescentou, lembrando que só havia civis entre as quase 400 vítimas.


Durante uma visita a Moçambique em setembro, o primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, pediu perdão por esse “ato indesculpável que desonra a nossa história”.


Denunciado pelos religiosos à imprensa britânica, e há muito desmentido pelas autoridades portuguesas, o massacre de Wiriyamu “contribuiu para o isolamento internacional” do regime ditatorial, que por 13 anos travou guerras coloniais em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau, destacou nesta sexta o presidente do Parlamento.


Acabar com esses conflitos foi um dos principais objetivos da Revolução dos Cravos de 1974, um golpe de Estado militar que abriu caminho para a democracia em Portugal e a independência de suas colônias na África.

Veja também

MEC informa desbloqueio de R$ 2 bilhões em orçamento das universidades

Educação

MEC informa desbloqueio de R$ 2 bilhões em orçamento das universidades

Dezembro Verde alerta para abandono de animais

Folha Pet

Dezembro Verde alerta para abandono de animais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *