Os bombardeios russos contra as infraestruturas de energia ucranianas representam riscos para “quase todas as crianças na Ucrânia”, ou seja, quase sete milhões de menores, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quarta-feira (14).
Sem acesso estável à eletricidade, aquecimento ou água, “as crianças não enfrentam apenas o frio extremo – com temperaturas no inverno que podem cair abaixo de -20 ºC – como também não conseguem aproveitar as oportunidades de aprendizado online, a única forma de acesso à educação para muitas crianças, entre tantas escolas danificadas ou destruídas”, alertou a Unicef.
Os centros de saúde também não podem fornecer todos os serviços essenciais e os sistemas de abastecimento de água defeituosos aumentam o já muito alto risco de pneumonia, gripe, doenças de origem hídrica ou Covid-19, acrescentou a organização em comunicado.
Os menores de idade também não podem “se conectar com seus amigos ou familiares, que colocando em risco sua saúde física e mental”, denunciou a diretora-geral do Unicef, Catherine Russell.
A Rússia, depois de sofrer vários reveses militares, realiza uma campanha de bombardeios em larga escala contra a infraestrutura energética ucraniana desde outubro.
Até agora, 40% das capacidades de geração de energia da Ucrânia foram destruídas e, apesar dos reparos, o sistema de energia do país só foi capaz de atender a 70% da demanda em um horário de pico de consumo em 28 de novembro, segundo o escritório da ONU para o Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Veja também
Mutum-de-alagoasMutum faz postura na Usina Utinga, em Alagoas, após 42 anos