Um compromisso para desbloquear os fundos europeus destinados à Hungria foi alcançado na noite desta segunda-feira (12), permitindo que as reservas de Budapeste sejam concedidas a uma ajuda de 18 bilhões de euros à Ucrânia em 2023, anunciou a Presidência checa do Conselho da UE.
“Os embaixadores da UE aprovaram o princípio de uma ajuda de 18 bilhões de euros à Ucrânia, um imposto mínimo de 15% para grandes empresas e a aprovação de um plano de recuperação (PRRF) para a Hungria e um acordo sobre a condicionalidade”, disse a presidência tcheca no Twitter.
“O pacote será confirmado por procedimento escrito”, que será publicado na quarta-feira, segundo fonte diplomática.
O primeiro-ministro húngaro, Víktor Orban, se recusou a dar o apoio da Hungria ao pacote de ajuda financeira à Ucrânia se o seu plano de recuperação e os fundos de coesão para o seu país ainda estivessem bloqueados pelos parceiros europeus. Ele também não aceitava o imposto mínimo de 15% para grandes empresas.
O acordo alcançado nesta segunda-feira supõe um revés da Comissão Europeia. O Executivo de Bruxelas, presidido por Ursula von der Leyen, recomendou o congelamento de 7,5 bilhões de euros de fundos europeus destinados à Hungria, considerando que as últimas reformas adotadas por Budapeste para combater a corrupção eram insuficientes.
O compromisso alcançado nesta segunda-feira pelos Estados membros reduz para 6,3 bilhões de euros os fundos europeus congelados para obrigar Budapeste a cumprir as medidas solicitadas pelos seus parceiros, segundo fonte diplomática.
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