Para o México, Pedro Castillo continua sendo o presidente do Peru, uma vez que foi eleito pela via democrática, afirmou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, nesta terça-feira (13).
“Pedro Castillo continua sendo presidente”, disse o esquerdista ao resumir a resposta a diferentes perguntas sobre o Peru durante sua coletiva de imprensa matinal.
López Obrador foi questionado se o apoio expresso na segunda-feira (12) em um comunicado conjunto pelos governos do México, Colômbia, Argentina e Bolívia busca que Castillo seja restituído à Presidência.
“O que o acordo (citado no comunicado) propõe é que deve-se respeitar a vontade do povo que o elegeu, reconhecer que venceu democraticamente e que não pode ser destituído. Isso, de partida, embora esteja na Constituição peruana, tem um problema, uma falha antidemocrática”, afirmou.
López Obrador firmou sua posição pouco antes de Castillo declarar perante um juiz que “jamais” renunciaria à Presidência.
Sobre o governo agora chefiado por Dina Boluarte, o presidente mexicano disse que não cabe ao seu país conceder ou não um reconhecimento, embora tenha afirmado que a relação está “em pausa” à espera de uma solução democrática. Também indicou que manterá a embaixada do México em Lima.
Obrador tem sido um dos maiores defensores de Castillo, que pediu formalmente asilo ao governo mexicano após anunciar que dissolveria o parlamento peruano, que logo depois o destituiu. O presidente deposto foi detido na quarta-feira, enquanto estava a caminho da embaixada mexicana.
A chancelaria mexicana informou no mesmo dia que já havia contatado autoridades peruanas para atender o pedido do político peruano.
O novo governo de Lima chamou as declarações de López Obrador de “intervencionistas” e convocou o embaixador mexicano para consultas.
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