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Scholz afirma que pressão internacional reduziu ameaça nuclear russa

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O risco de a Rússia usar uma arma nuclear na guerra da Ucrânia diminuiu porque a comunidade internacional soube traçar uma “linha vermelha” para Moscou, disse o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, em entrevista publicada nesta quinta-feira (8).


“Há algo que mudou por enquanto: a Rússia interrompeu suas ameaças de usar armas nucleares”, disse Scholz em entrevista ao grupo de mídia alemão Funke e ao diário francês Ouest-France.


O chanceler vê essa mudança de atitude como consequência do fato de a comunidade internacional, incluindo a China, ter “traçado uma linha vermelha” para Moscou.


“Por enquanto, paramos” com essa retórica, enfatizou.




O chefe do governo alemão acredita que as recentes conversas com o presidente chinês, Xi Jinping, contribuíram para aplacar as ameaças russas.


“Durante minha visita a Pequim, o presidente Xi e eu declaramos conjuntamente que armas nucleares não deveriam ser usadas. Logo depois, os países do G20 reafirmaram essa posição”, lembrou.


Scholz estimou que a questão da segurança da Rússia surgirá mais cedo ou mais tarde, quando questionado sobre as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que considerou necessário dar “garantias” a Moscou para encontrar um equilíbrio geopolítico continental.


“A prioridade é que a Rússia termine a guerra e retire as suas tropas” da Ucrânia, mas “é verdade que depois teremos de saber como garantir a segurança na Europa”, explicou.


“Claro que estamos prontos para discutir o controle de armas na Europa com a Rússia. Nós o propusemos antes da guerra e nossa posição não mudou”, continuou Scholz.


Após o início da invasão da Ucrânia em fevereiro, as autoridades russas cogitaram repetidamente a possibilidade de usar armamento nuclear.


Uma eventualidade que Putin pareceu descartar nesta quarta-feira, ao afirmar que só iria recorrer a esse extremo “em resposta” a um ataque ao território russo.


“Vemos as armas de destruição em massa, a arma nuclear, como um meio de defesa. (Usá-la) se baseia no que chamamos de ‘ataque retaliatório’: se formos atacados, respondemos”, afirmou.


No entanto, Putin acrescentou que “a ameaça de guerra nuclear está crescendo” e culpou os americanos e europeus, que dão à Ucrânia forte apoio financeiro e militar.

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