O papa Francisco visitará a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul de 31 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023 – anunciou o Vaticano nesta quinta-feira (1º).
A viagem deveria ter acontecido no verão passado (hemisfério norte,inverno no Brasil), mas foi adiada por motivos de saúde.
O pontífice argentino estará em Kinshasa de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e em Juba, de 3 a 5 de fevereiro, detalhou o diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em um comunicado.
O pontífice argentino, que completará 86 anos em dezembro e usa cadeira de rodas devido a problemas no joelho, fará uma viagem considerada delicada, pelos problemas logísticos e de segurança envolvidos.
Francisco descartou a visita a Goma, uma das cidades da RDC para onde os hutus ruandeses fugiram durante o genocídio de 1994, como havia planejado inicialmente.
A viagem a estes dois países assolados pela violência é um desafio para o papa. Desde sua eleição, em 2013, ele já visitou a África quatro vezes, passando por Quênia, Uganda, República Centro-Africana, Egito e Marrocos.
A última visita ao continente aconteceu em setembro de 2019, quando foi a Moçambique, Madagascar e Ilhas Maurício.
País de 90 milhões de habitantes, a RDC tem 40% de católicos, 35% de protestantes, 9% de muçulmanos e 10% de kimbanguistas (igreja cristã nascida no Congo), segundo estimativas.
O país é um Estado laico, embora a religião esteja muito presente no cotidiano dos congoleses. A Igreja Católica desempenhou, em diferentes ocasiões, um papel de liderança na política do país.
A última visita de um pontífice a Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, foi em agosto de 1985, quando João Paulo II passou dois dias no país então chamado Zaire.
Esta será a 40ª viagem internacional do papa Francisco desde sua eleição, em 2013, e a primeira, em 2023.
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