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Equador declara emergência sanitária devido a surto de gripe aviária

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O Equador declarou uma emergência de saúde animal por um período de 90 dias depois de detectar um surto de gripe aviária em fazendas no país, disse o Ministério da Agricultura e Pecuária.


“Durante os próximos 90 dias não será possível mobilizar aves, produtos e subprodutos de origem aviária como ovos, galinhas, galinhas, entre outros, das explorações afetadas pelo surto”, anunciou o ministério em comunicado.


O primeiro caso altamente patogênico do vírus H5N1 foi detectado há três dias na província de Cotopaxi. “No foco detectado, há apenas 0,15% da população avícola do país”, porém o total inclui cerca de 263 milhões de frangos e cerca de 16 milhões de galinhas poedeiras, aquelas destinadas à produção de ovos.


Para conter a propagação da doença, as autoridades ordenaram o abate de cerca de 180 mil aves das granjas afetadas. A gripe aviária é uma doença que não tem cura nem tratamento, causa alta mortalidade em aves silvestres e domésticas como patos, galinhas, galinhas, perus, entre outras.




Um dos receios é a transmissão do vírus de animais para humanos, eventos que já foram registrados de forma pontual. Porém, ainda sem indicarem risco de disseminação entre pessoas.


Apesar do surto, o ministro da Agricultura, Bernardo Manzano, destacou que “o consumo de ovos e carne de frango está garantido”. O setor avícola no Equador gera anualmente cerca de 1,8 milhões de dólares e cerca de 300 mil empregos.


Entre janeiro e novembro no país, as granjas avícolas produziram 495 mil toneladas de carne de frango e 3,812 milhões de ovos, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária.


Doença acende alerta

Recentemente, o Peru registrou mais de 13 mil aves marinhas, a maioria pelicanos, mortas pelo vírus H5N1 em parte de sua costa e áreas naturais protegidas, segundo o Serviço Nacional de Florestas e Vida Selvagem (Serfor).


A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) manifestou sua preocupação e emitiu um alerta de que, com a migração sazonal das aves, a doença pode atingir a América Central e do Sul.


Segundo a organização, as nações devem estar “em alerta máximo para mortalidade de aves silvestres e surtos ou mortalidade incomum em aves”, destacando a rápida disseminação do vírus na América do Norte.


“Dado o início da próxima migração de outono de muitas espécies de aves da América do Norte para a América Central e do Sul, o risco de introduções de HPAI (gripe aviária altamente patogênica, em inglês, sigla utilizada para o H5N1) aumenta em áreas atualmente não afetadas. É importante que os países e territórios das regiões da América Central e do Sul preparem e fortaleçam suas medidas de detecção precoce, diagnóstico adequado e resposta precoce, tanto em aves silvestres quanto em aves de capoeira (de criação)”.


O comunicado destaca ainda que, desde 2020, há uma onda intercontinental sem precedentes do H5N1, já atingindo mais de 70 países. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC), o surto atual é o maior da doença já registrado no continente.


Nesses dois anos, 18 dos países relataram a presença do vírus pela primeira vez. Além dos impactos econômicos no abate de animais, a propagação do microrganismo facilita a sua evolução e os riscos de uma possível mutação que permita uma mais fácil transmissão a humanos.

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