Que Gramado pode ser um destino caro, não é novidade para ninguém. Eu cresci na Serra Gaúcha ouvindo meu pai reclamar toda vez que precisava puxar a carteira para bancar comida e diversão por lá. Mas será que a cidade está passando dos limites?
Uma família consegue gastar, sem esforço, R$ 1 mil em um dia em atrações e alimentação na Serra Gaúcha – não estou nem incluindo a hospedagem e o transporte. E, com o movimento aquém do esperado para o Natal Luz, empresários e consultores tem debatido sobre os valores praticados, o público-alvo e o futuro do turismo gramadense.
Um post de uma consultora de hotelaria repercutiu bastante nas redes sociais nos últimos dias. Ela destacou os “números assustadoramente baixos”, adiantando que essa pode ser a pior temporada dos últimos anos. A ocupação dos hotéis estava beirando os 70% na semana do Natal, segundo o sindicato do setor.
˜”Surfamos uma boa onda com a pandemia e a alta demanda gerada pelas fronteiras fechadas, porém, mesmo a realidade sendo outra desde o início de 2022, nos recusamos a olhar para este novo momento e seguimos cobrando valores exorbitantes e espantando, de forma categórica, a classe média que sempre movimentou o nosso destino”, argumentou, em post no Instagram, a empresária e consultora Elis Zill.
Os empresários cogitam várias possibilidades para a cidade não estar lotada nessa época, considerada altíssima temporada. Pode ser que o pessoal tenha preferido gastar suas férias e seu dinheiro no Exterior, uma vez que a pandemia deu uma arrefecida e as fronteiras estão novamente abertas.
Pode ser que as eleições e a Copa tenham impactado – e nunca tivemos eleições e Copa tão perto. A diminuição do poder de compra do brasileiro, obviamente, também não acompanha o custo de ser turista em Gramado. Enfim, um debate importante para incentivar o crescimento da cidade, e fazer com que cada vez mais gente conheça essa região tão linda.
Você conhece Gramado? Acha que a cidade está mesmo muito cara? Compartilha com a gente nos comentários o que pensa sobre o assunto!