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Companhia aérea vai operar voos diretos do Brasil à Austrália

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A companhia aérea australiana Qantas pretende iniciar a operação dos voos do Projeto Sunrise, com alguns dos voos diretos mais longos do mundo saindo da Austrália. De início, a companhia pretende operar voos que de Sydney para Nova York e Londres, mas executivos informaram que há outras cidades na lista, incluindo o Rio de Janeiro, Fankfurt e Paris.  Com isso o Brasil passaria a ter um voo direto para a Austrália operado pela companhia. A previsão é de que os novos voos comecem a decolar no fim de 2025.

Nesta semana a Qantas divulgou que planeja utilizar a maior aeronave da família A350 XWB da Airbus, a A350-1000, para operar as rotas longínquas.

A longa duração sem escalas, contudo, é um grande desafio e faz com que essas viagens testem os limites dos tripulantes, passageiros e das aeronaves comerciais. Por isso as aeronaves terão uma configuração diferente de poltronas. Em vez de transportar os 480 passageiros que suporta normalmente, foi escolhida uma cabine que comporta 238 assentos, a fim de garantir a boa operação do voo e o conforto de todos a bordo.

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Serão seis lugares na primeira classe, 52 na executiva, 40 na premium economy e 140 na econômica. Com isso a Qantas espera que até quem viajar na econômica tenha uma experiência mais confortável, já que o espaço entre uma poltrona e outra será um pouco maior.

A companhia divulgou uma prévia do que será as classes econômica e executiva das 12 aeronaves que integrarão o projeto. Além do design, a empresa ainda afirma que uma série de especialistas na aérea da saúde, principalmente na saúde do sono, foram consultados para a configuração das cabines.

Os assentos da cabine de primeira classe, ou First Suites, contarão com uma cama fixa extralarga, uma poltrona reclinável de 56 cm, guarda-roupa, mesa de jantar dobrável – grande o suficiente para dois – e uma TV de alta definição.

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As suítes da classe executiva terão cerca de um metro de largura, com cadeiras de 64 cm que podem ser reclinadas em uma cama de dois metros. Eles também incluirão um pufe de couro acolchoado, um grande espelho, um bom espaço para guardar pertences e uma TV de touch de 18 polegadas.

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Todas as suítes executivas e primeira classe serão cercadas por divisórias altas e terão uma porta de correr para maior privacidade. Elas também terão várias opções de carregamento para dispositivos eletrônicos, incluindo uma base de carregamento por indução sem fio.

Os protótipos das classes econômica e econômica premium ainda não foram lançados, mas a companhia australiana diz que todos os passageiros terão acesso gratuito a Wi-Fi de alta velocidade e conectividade Bluetooth. Os aviões também contarão com uma “zona de bem-estar” para dar aos passageiros a chance de esticar as pernas e aproveitar algumas bebidas.

Alguns dos voos mais longos do mundo

Desde 2019, a companhia vem realizando estudos científicos para avaliar quanto tempo as pessoas podem permanecer no ar sem interrupções. O nome “Projeto Sunrise” foi inspirado nos perigosos e longos voos clandestinos da Segunda Guerra Mundial de Perth para o Sri Lanka, a caminho de Londres, eles duravam tanto que os passageiros viam dois amanheceres a bordo.

Para se preparar para o lançamento do Project Sunrise, a Qantas realizou três viagens de pesquisa experimental.  Durante esses voos, os pilotos usaram monitores de ondas cerebrais e testaram a urina nas semanas anteriores e posteriores a viagem para rastrear os níveis de melatonina, um hormônio que controla os ciclos do sono.

Os passageiros da cabine principal também usavam dispositivos de monitoramento, permitindo aos cientistas estudarem como a saúde era afetada por vários fatores: iluminação, comida e bebida, movimento, padrões de sono e entretenimento a bordo. Esses dados foram apresentados à Autoridade de Segurança da Aviação Civil da Austrália, que precisará aprovar as rotas com base na comprovação de que pilotos, tripulantes e passageiros podem suportar até 22 horas no ar sem interrupção.


E aí, embarcaria em um voo direto de 20 horas? Eu tive a experiência de voar 14 horas de GRU até Doha e posso lhes dizer que é um desafio e tanto, rs 

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