Muito já se discutiu sobre a capacidade de sentir que animais teriam. Na verdade, sempre se associou os sentimentos caninos a simplesmente reações comportamentais ao ambiente no qual ele está, e não algo relacionado com emoções como a conhecemos.
Entretanto, um neurocientista da Universidade de Geórgia, chamado Gregory Berns, após uma série de testes utilizando um aparelho de ressonância magnética, conferiu que os animais usam a mesma parte do cérebro para terem sentimentos caninos que nós, humanos, usamos ao termos emoções.
Berns notou que ao apresentar o cheiro do dono ao cão, este ativava a mesma área cerebral que é ativada nos humanos quando demonstram algum sentimento. Os neurocientistas chamam isso de homologia funcional e, caso comprovada realmente com mais estudos, estabeleceria que a capacidade de sentir, dos cães, seria similar a capacidade de uma criança de amar.
Cães reproduzem sentimentos
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Um estudo da University of London analisou o comportamento e reações de cães de diferentes raças quando estimulados por emoções de terceiros. Os terceiros, que eram estranhos ao cachorro, simulavam choro ou emitiam um ruído. O resultado foi bem interessante: os cães se aproximavam dos que estavam chorando para lamber, numa tentativa de confortar; já os que emitiam um ruído ao chorar, os cães não se aproximavam.
Isso prova que o cão não se aproxima pela curiosidade por conta do som, uma vez que o choro também produz certo som, mas sim por sentirem empatia pelas pessoas que o cão sentia que estavam sofrendo, independentemente se a pessoa é conhecida ou não. Os sentimentos caninos de empatia existem.
Os sentimentos caninos
Quando chega um novo animal no lar, o cão tende a ficar com ciúmes, mas isso pode ser por motivos de territorialidade, o cão não quer dividir seu espaço. Porém, o cão também não quer dividir seu dono com mais ninguém. Um psicólogo da Universidade de Porstmouth, nos Estados Unidos, confirmou que em quase todos os casos em que o dono traz um(a) namorado(a) para casa, o cão, por ciúme, tenta se desfazer daquela pessoa no começo ou mesmo se colocando entre os dois no sofá e na cama, pois não quer ninguém que venha a dividir consigo a atenção do dono.
Outros dos sentimentos caninos são o senso de justiça, o medo e a culpa. Num experimento em que o cão faça o mesmo que outro cão esteja fazendo, a pedido do dono, e este não ganhe petiscos, ao contrário daquele, o cão sentirá que está sendo tratado diferente e tende a não querer mais participar daquilo.
A culpa, apesar de estar relacionada ao medo da bronca, é um sentimento canino. O cão ao fazer algo, sente que fez errado, associa tal ato com a bronca que vai ganhar e, por conseguir sentir as emoções do dono, sentirá que o dono ficou bravo, e então a culpa bate por ter feito, justamente pelo medo do castigo, por assim dizer.
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