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Cuidados com a saúde física e mental de humanos e pets marcam o ano

  • por

Cláudia Guimarães, da redação

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Nesta última semana do ano, estamos relembrando as reportagens mais acessadas aqui, em nosso portal de notícias, e as mais curtidas e comentadas nas redes sociais da C&G VF, afinal, retrospectivas nunca são demais, não é?

No dia 14 de agosto, Dia do Cardiologista, entrevistamos um profissional para falar sobre a Insuficiência Cardíaca Congestiva, que é a principal consequência das doenças cardíacas nos animais de companhia. O médico-veterinário e coordenador de Cardiologia dos Hospitais Pet Care, Vinicius Dayoub Gonçalves, explicou que a ICC trata-se de um estado de inadequação do sistema cardiovascular em compensar as alterações decorrentes dessas doenças estruturais, fazendo com que haja o desenvolvimento da congestão, podendo ser esquerda ou direita. “De modo simplista, os animais com ICC esquerda desenvolvem dispneia expiratória por conta de edema pulmonar cardiogênico, enquanto a ICC direita leva o paciente ao desenvolvimento de ascite e hepato/esplenomegalia por congestão venosa”.  

O profissional destacou que manter a rotina de exames dos animais de companhia é necessário e fundamental, principalmente daqueles que já apresentam histórico de doenças mais graves, sejam elas cardíacas ou não. 

Neste ano, infelizmente, assistimos ao falecimento da Rainha Elizabeth II, que, entre tantas atividades em vida, contribuiu para a procura por cães da raça Corgi, conhecidos como os “cães da realeza”. A médica-veterinária e proprietária do Canil Feather Shine, Jaqueline Monteiro Pena , contou que o País de Gales, no sudeste da Grã Bretanha, é o local de origem desta raça. “Esses cães são sociáveis, amorosos e brincalhões. Se dão muito bem com idosos, crianças e outros pets”, revelou.

Mas todo esse charme não é capaz de driblar certos probleminhas que podem surgir. Segundo a profissional, os Corgis têm tendência à obesidade. “Por isso, o tutor deve ter cuidado redobrado com a alimentação e o peso do animal. A nutrição deve ser balanceada, e o tutor não deve ofertar nada além do que o médico-veterinário recomendar, pois isso pode aumentar o ganho de peso e problemas futuros”, aconselhou.

Mas, além de cães e gatos, os animais silvestres também fazem sucesso por aqui. Em uma reportagem, falamos com o  médico-veterinário que atua com animais silvestres do Complexo Veterinário do Centro Universitário N. Sra. Do Patrocínio (CEUNSP), Enore Augusto Massoni, sobre o comportamento das calopsitas. Massoni explica que as calopsitas são aves de pequeno porte da ordem dos psitaciformes e da família dos cacatuídeos, naturais da Austrália, das regiões mais pantanosas. Elas possuem padrões de coloração variados, desde o branco inteiro até amarelo e cinza com bochechas avermelhadas, e o que as distingue dos demais psitaciformes domésticos no Brasil é seu topete característico, que as deixa com um charme especial.

E você sabia que apenas os machos conseguem falar ou cantar? Pois é, o profissional explicou sobre isso, mas existem algumas exceções onde as calopsitas fêmeas também conseguem reproduzir esses sons. 

Em 04 de outubro, foi celebrado o Dia Mundial dos Animais. A data serve para relembrar os direitos dos animais selvagens, silvestres e de companhia. A data é celebrada em todo o mundo e se tornou cada vez mais necessária, principalmente, para conscientizar sobre os casos de maus-tratos. Muitos animais são abandonados, agredidos, presos e colocados em situações de risco diariamente em nosso País, por isso, os trabalhos das ONGs de proteção animal são tão necessários. 

Em Sorocaba, no interior de São Paulo, existem vários abrigos para cães e gatos que foram vítimas de abandono e/ou maus-tratos. A associação AATAN é bem conhecida na cidade e existe há mais de 30 anos, mas foi registrada como ONG apenas em 2006. A fundadora e atual presidente, Dirma Leite, começou em uma iniciativa solidária, ajudando os animais de rua, alimentando e cuidando como podia. Sua filha Daniela auxiliava bastante nesse processo, e, com o tempo, elas sentiram necessidade de abrigar esses animais, pois sabiam que, nas ruas, eles enfrentavam muitos perigos. Depois de um tempo, alguns colegas se mobilizaram e os primeiros voluntários começaram a surgir e ajudar na causa. 

Outra ONG conhecida em Sorocaba, é a Associação Anjos e Protetores, que existe, juridicamente, desde 2017. Mas, segundo Eliane Consorte, presidente da associação, o trabalho começou alguns anos antes, com seu grupo de amigas, que resgatava e cuidava dos animais. 

Ao contrário da AATAN, a Associação Anjos e Protetores, não possui um abrigo e atua em sistema de lar temporário. “Os nossos voluntários oferecem o lar temporário, abrindo suas casas para receber os cães e gatos. Alguns só recebem cães, outros só felinos e tem os que recebem ambos”, revelou.

Em outubro também é celebrado, no dia 10, o Dia da Saúde Mental, e, neste ano, mostramos que o sofrimento dos pets pode causar distúrbios psicológicos em tutores e em médicos-veterinários. A psicóloga e psicopedagoga, Tatiana Assis Conti, comentou que, quando um profissional lida com vidas, seja de um ser humano ou um animal, sofre impactos emocionais, pois age em sua profissão com amor, conforme observado pela psicóloga. “Todos temos sentimentos, principalmente, quando olhamos para algum pet sofrendo, isso nos comove profundamente, mesmo sendo habilitado a todas as demandas, ainda assim, pode despertar uma fraqueza emocional e nos levar a uma angústia profunda. No entanto, estes impactos não podem ser maiores que a sua excelência profissional. Ver seu esforço, empenho e dedicação é o melhor remédio para não nos deixar abalar”, afirmou.

Segundo ela, os tutores de animais de companhia também podem sofrer, especialmente, pela perda de um deles. Em relação a isso, a profissional de saúde mental declarou que a melhor forma de superar a dor, neste caso, é trazer um novo membro à família. “Eu tenho diversos cães e, ano passado, perdi três em sequência, cada um com uma doença diferente. É dolorido demais, nada vai substituir o que você viveu com seus pets, a lembrança deve ser algo memorável, mas, quando vivenciamos muito o luto, abrimos feridas graves em nosso emocional e isso gera consequências na nossa saúde mental, nos arrasta, infinitamente, a um sofrimento amargo, e profundo e criamos outras doenças, automaticamente, sem perceber”.

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