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Veterinária é pioneira em técnica de ondas de choque

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Há alguns anos, quando se falava em terapia animal, era comum o uso de expressões tais como “o animal não tem medo de nada” ou “é frescura”. No entanto, com o passar dos tempos, pesquisas descobriram que a questão é mais importante do que nunca, e requer cuidados na maneira como animais lidam com eventos traumáticos. 

Acidentes das mais diversas naturezas, como automobilísticos e, até mesmo, domésticos, desencadeiam certos tipos de condições como osteoartrite, lesões ligamentares e tendinites que, se não forem tratadas da forma correta, tendem a deixar o animal ainda mais estressado , sem que o problema seja resolvido. 

A terapia por ondas de choque é considerada uma técnica segura e não invasiva, com poucos efeitos colaterais relatados (Foto: divulgação)

Pensando nisso é que, em meados de 2010, surgiu uma técnica que permite a reabilitação animal, de uma maneira humanizada. Conhecida como shockwave, a técnica, regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, e aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) nos EUA para o tratamento de pessoas; em animais, a técnica possui trabalhos científicos há mais de 20 anos. Tal mecanismo é baseado no uso de ondas de choque, permitindo com que as ondas acústicas sejam aplicadas diretamente sobre a área lesionada por meio de um dispositivo de aplicação específico. Com isso, a energia de tais ondas é absorvida pelos tecidos, promovendo a produção de fatores de crescimento e a regeneração de células, além de estimular a circulação sanguínea e reduzir a dor e a inflamação.

“A terapia por ondas de choque é considerada uma técnica segura e não invasiva, com poucos efeitos colaterais relatados, quando bem aplicado”, explica a especialista em Medicina Veterinária do Centro de Reabilitação animal VET SPA, Lidia Dornelas. 

O shock wave foi, inicialmente, utilizado para o tratamento de litotripsia e depois ortopedia e estética, semelhante aos usos do ultra formormer. “Cabe destacar que a técnica é comumente usada em animais que apresentam displasia, ou seja, uma doença de má-formação genética, com degeneração da articulação do quadril dos cães e que afeta principalmente estruturas como a cabeça do fêmur, a cápsula articular e o acetábulo (local onde se encaixa a cabeça femoral), possuindo alto índice desse diagnóstico em animais domésticos. Nesses casos, a aplicação deste meio em fraturas pode promover qualidade de vida e cura do processo de recuperação”, ressalta a especialista, que explica que o seu uso tem liberação apenas no âmbito veterinário.

Fonte: VET SPA, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.

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