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Como amenizar a ansiedade dos animais de companhia?

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Manifestações de ansiedade em animais de estimação podem se apresentar de diversas formas, tais como agitação, agressividade, comportamento destrutivo, reclusão e alterações no padrão alimentar. Esses sintomas, frequentemente observados, são sinais de que o animal está experimentando desconforto ou estresse, e podem surgir em qualquer fase da vida do pet. 

Mudanças na rotina, falta de socialização, separação prolongada dos tutores, experiências traumáticas passadas e até mesmo predisposição genética podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade em nossos amigos peludos. 

Os animais precisam de estímulos para evitar sofrimento físico, traumas psicológicos e síndromes comportamentais (Foto: reprodução)

O comportamentalista animal, Wagner Brandão, destaca que, enquanto no passado os tutores acreditavam que seus pets precisavam apenas de alimentação, água e um ambiente limpo, atualmente reconhecem que as necessidades de seus animais vão muito além disso. “Os animais precisam de estímulos para evitar sofrimento físico, traumas psicológicos e síndromes comportamentais”, ressalta Brandão. E complementa: “Se prolongada, a ansiedade pode causar outras doenças ao longo do tempo, por isso é tão importante o olhar atento do tutor, e um diagnóstico precoce”, informa. 

Mas, é possível intervir ou aliviar sintomas de estresse? De acordo com o comportamentalista animal, é possível, mas é importante observar e entender as necessidades individuais do seu próprio pet, isso porque aquilo que pode acalmar ou estimular um animal pode não ter o mesmo efeito em outro. 

“O tutor deve compreender as particularidades do seu pet, adaptar o ambiente, a rotina e as interações para melhor atender às suas necessidades físicas e emocionais dele. Mas no geral, as atividades estimulam, e podem fazer uma grande diferença no bem-estar emocional do animal e fortalecer o vínculo entre tutor e pet”, declara.

Para te ajudar, o profissional destaca algumas dicas: 

Promova um ambiente tranquilo e seguro: Para que o pet se sinta confortável em seu próprio lar, é importante que o tutor reserve um espaço tranquilo em sua casa onde seu animal de estimação possa se retirar quando se sentir sobrecarregado. Isso pode ser uma cama confortável, uma área com brinquedos ou uma caixa de transporte coberta com uma manta. 

Mudanças na rotina, falta de socialização, separação prolongada dos tutores e experiências traumáticas podem causar ansiedade no pet (Foto: reprodução)

Mantenha uma rotina: Animais de estimação muitas vezes prosperam em rotina e previsibilidade. Buscar manter horários regulares para alimentação, passeios e brincadeiras pode ajudar a trazer uma sensação de mais segurança e estabilidade para o pet. 

Brincadeiras de esconde-esconde: Mesmo em espaços pequenos, como apartamentos, é importante proporcionar oportunidades para que o cachorro se exercite. Por exemplo, espalhar petiscos ou brinquedos pela casa encoraja o animal de estimação a procurá-los. Essa atividade não apenas irá estimular a mente do animal, mas também proporcionará uma sensação de realização que pode ajudar a reduzir a ansiedade. 

Passeios: Os passeios também devem fazer parte da rotina dos pets, pelo menos de 10 a 15 minutos por dia. “Além do exercício físico, o passeio é benéfico para socialização e estimulação mental do pet. A interação com humanos e outros animais durante os passeios é capaz de satisfazer suas necessidades sociais e reduzir o estresse relacionado ao isolamento”, explica. 

Treinamento de Obediência Básica: Praticar comandos simples, como “senta”, “fica” e “vem”, pode ajudar a fornecer estrutura e segurança ao seu animal de estimação, reduzindo assim os sentimentos de estresse e ansiedade. As técnicas podem ser facilmente aplicadas com a ajuda de um comportamentalista animal. 

Sessões de massagem: O especialista em comportamento animal, também ressalta a importância dedicar alguns minutos do dia para massagear gentilmente o animal de estimação. “Isso não só promove o relaxamento muscular, mas também fortalece o vínculo entre tutor e animal”, orienta. 

Conte com uma ajuda profissional: Por fim, existem situações que pedem um reforço há mais. Por isso, a ajuda profissional em comportamento animal, é essencial para que o pet alcance uma qualidade de vida melhor e mais saudável.

Fonte: Adestrador Wagner Brandão, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.

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