A nutrição é extremamente importante na saúde dos animais, assim como para nós, humanos. Especificamente para o gato recém-nascido, o consumo de colostro (leite fornecido pela gata durante as primeiras 24 a 72 horas após o parto) fornece nutrientes, água, fatores de crescimento, enzimas digestivas e imunoglobulinas maternas, essenciais para a sobrevivência dos neonatos.
Durante as primeiras 16 horas de vida, os neonatos absorvem imunoglobulinas intactas por meio do intestino. A não ingestão de colostro ou leite durante essa janela de absorção deixa os neonatos imunologicamente comprometidos e suscetíveis a infecções e sepse. Quem nos explica é a supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet, Marina Macruz.
Ela conta que o filhote deve consumir apenas o leite materno até a terceira a quarta semana de vida. “A partir desse momento, deve-se começar a introduzir o alimento comercial, embora aproximadamente 95% da ingestão energética ainda seja proveniente do leite materno. Por volta da quinta a sexta semana de vida, em torno de 30% da ingestão energética já é provinda do alimento comercial. A ingestão progressiva de alimento comercial deve continuar até que os filhotes estejam completamente independentes da mãe, o que ocorre por volta da sétima à nona semana após o parto, quando ocorre o término do desmame”, discorre.
Mudança na alimentação
Após o desmame, o alimento úmido já pode ser introduzido na dieta do filhote, como orienta a veterinária. “Isso é importante, pois, caso a introdução de diferentes tipos de alimentos, como os úmidos, ocorra apenas após a fase de crescimento, os gatos tendem a se tornarem neófobos, ou seja, não aceitar ou diminuir o consumo frente à mudança de alimento. A aceitação do alimento úmido (introduzido durante a fase de crescimento) é muito importante, já que seu consumo é a forma mais eficaz de proporcionar o consumo involuntário de água, essencial para diminuição do risco de cálculo urinário”, frisa.
Além disso, Marina cita que, quando introduzidos desde a fase de crescimento, a palatabilidade de alimentos úmidos tende a ser até maior, quando comparados a alimentos secos, devido ao alto teor de umidade. “Essa é outra grande vantagem desses alimentos, pois podem ser utilizados como palatabilizantes em situações de diminuição de apetite”, adiciona.
Fases da vida
A porta-voz da PremieRpet menciona que existem nutrientes que são considerados essenciais em todas as fases da vida do gato, enquanto outros são essenciais apenas durante as fases de crescimento e reprodução. Em relação aos primeiros, ela cita os aminoácidos (arginina, histidina, lisina, leucina, isoleucina, valina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e taurina), ácidos graxos poli-insaturados da família ômega-6 (ácido linoleico e ácido araquidônico), minerais (cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, potássio, sódio, cobre, iodo, ferro, manganês, selênio e zinco) e vitaminas (Vitamina A, Vitamina D, Vitamina E, tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, piridoxina, biotina, colina, ácido fólico e cianocobalamina).
“Em contrapartida, os ácidos graxos poli-insaturados da família ômega-3 (ácido eicosapentaenoico, ácido docosaexaenoico e ácido alfa-linolênico) são considerados essenciais apenas durante a fase de crescimento e para fêmeas em fase reprodutiva, pois são importantes para o desenvolvimento cerebral e retiniano, principalmente o ácido docosaexaenoico”, acrescenta.
Além disso, após a castração, é recomendado o fornecimento de alimento comercial indicado para gatos castrados, como lembrado pela profissional. “Após o procedimento, geralmente, ocorre diminuição do gasto energético por motivos variados, como diminuição da atividade física (principalmente machos), diminuição do metabolismo basal, entre outros. Nesses casos, como o gasto energético é mais baixo, deve-se fornecer menos calorias para o animal”, elucida.
Mas, ela destaca que se simplesmente for diminuída a quantidade de alimento que o animal já consumia antes da castração, também vai ocorrer diminuição de todos os nutrientes essenciais, além de comprometer a saciedade. “Portanto, é importante fornecer um alimento que apresente uma densidade energética mais baixa (menos calorias por kg), pois isso permite o consumo de um volume maior de alimento e maior concentração de nutrientes essenciais na base energética (maior teor de nutrientes por caloria). Para facilitar o entendimento, vamos utilizar um exemplo hipotético comparativo. Imagine um alimento A que tenha 35% de proteína e 350 kcal a cada 100 gramas. Isso significa que, para o animal consumir 350 kcal, ele vai precisar consumir 100 gramas de alimento, portanto vai consumir 35 gramas de proteína. Agora imagine um alimento B que apresenta os mesmos 35% de proteína, porém, apresenta maior densidade energética: 400 kcal a cada 100 gramas. Nesse caso, para o animal consumir 350 kcal, ele vai precisar consumir 87,5 gramas, portanto, vai consumir 30,62 gramas de proteína (35% de 87,5). Note que a quantidade de proteína a cada 100 gramas é idêntica nos alimentos, mas pelo fato de o alimento A apresentar menor densidade energética, ele vai fornecer maior quantidade de proteína a cada 350 kcal que o animal consumir, comparado ao alimento B (35 gramas vs 30,62 gramas)”, exemplifica.
Isso é explicado, segundo ela, pelo fato de o animal precisar consumir um volume maior de alimento (100 gramas vs 87,5 gramas) para conseguir a mesma quantidade de calorias, que, nesse exemplo hipotético, foi de 350 kcal. “Essa menor densidade energética, devido a um teor reduzido de gordura e maiores concentrações de fibras, é justamente uma das características dos alimentos indicados para gatos castrados, quando comparados aos alimentos que não apresentam essa especificação. Outro aspecto importante é que os alimentos para gatos castrados podem apresentar inclusão de L-carnitina, um aminoácido que auxilia no transporte de ácidos graxos para o interior das mitocôndrias para sua posterior oxidação, portanto contribuem para a ‘queima de gordura’, importante para controle do peso corporal”, salienta.
Alimentos super premium
Marina diz que o fornecimento de alimentos super premium durante toda a vida do gato é importante pois proporciona vários efeitos benéficos à saúde dos animais. Esses alimentos, segundo a veterinária, apresentam ingredientes de melhor qualidade, os quais apresentam maior digestibilidade, ou seja, são mais bem aproveitados. “A inclusão de fontes de proteína animal de alta qualidade confere menor matéria mineral ao alimento, aspecto muito importante na prevenção do desenvolvimento de cálculos urinários”, diz.
Outro importante benefício é que os alimentos super premium apresentam maiores concentrações de nutrientes, ou seja, eles atendem as necessidades mínimas com maior margem de segurança. “Isso se torna ainda mais importante nas fases de vida mais críticas, como fase reprodutiva das fêmeas e fase de crescimento. Além desses benefícios, alimentar um gato com alimento super premium desde a fase de crescimento pode otimizar a saúde e, consequentemente, aumentar a expectativa de vida, visto que esse segmento apresenta uma série de aditivos e particularidades nutricionais que podem prevenir alterações que comprometem a saúde, como formação de cálculo dentários, degeneração articular, formação de cálculos urinários, bem como promoção da saúde intestinal, que reflete na saúde de todo o organismo e na função imunológica”, destaca.
Portfólio PremieRpet para felinos
A PremieRpet tem um portfólio completo para os felinos: alimentos secos (PremieR Gatos), úmidos (PremieR Gourmet e PremieR Orgânico), petiscos (PremieR Cookie) e alimentos coadjuvantes (PremieR Nutrição Clínica Gatos).
Destacando a linha PremieR Gatos, temos o Premier Gatos Filhotes Pelos Longos Salmão, com alta densidade energética, altos teores de proteína e gordura, assim como concentrações mais altas dos nutrientes essenciais de um modo geral, quando comparado aos alimentos destinados a gatos adultos. Além disso, apresenta alta inclusão de óleo de peixe, fonte natural de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, essenciais durante essa fase de vida. Cabe ressaltar que, por ser rico em energia e nutrientes, também é recomendado para gatas gestantes e lactantes.
Para gatos adultos com idade inferior a sete anos, temos o PremieR Gatos Adultos Salmão, com alta densidade energética e concentrações de nutrientes que atendem as necessidades durante essa fase de vida. Ainda apresenta inclusão de hexametafosfato de sódio, um importante aditivo para prevenção de cálculos dentários.
Para gatos com idade entre sete e 11 anos, temos o PremieR Gatos Castrados sete a 11 anos Frango, que tem como principal característica menor teor de gordura, o que resulta em menor densidade energética, quando comparado ao PremieR Gatos Adultos Salmão. Essa característica é importante pois nessa fase de vida o animal apresenta o ápice do aproveitamento dos nutrientes e da capacidade digestiva, que associados à redução do metabolismo provoca predisposição ao sobrepeso/obesidade. Além disso, esse alimento tem inclusão de sulfato de glicosamina, para prevenção da degeneração articular, que pode acometer gatos a partir dessa idade.
Para gatos a partir dos 12 anos de idade, temos PremieR Gatos Castrados Acima de 12 anos Frango, que tem como diferencial altas concentrações de gordura, pois nessa fase de vida pode ocorrer declínio da capacidade digestiva em gatos, principalmente a capacidade de digerir gordura, portanto o animal tende a perder peso. Teores elevados de gordura e alta densidade energética auxiliam na prevenção da perda progressiva de peso. Ademais, podemos destacar a inclusão de sulfato de condroitina e sulfato de glicosamina, para prevenção de degeneração articular e alta inclusão de antioxidantes, para retardar o envelhecimento.
“Todos os alimentos mencionados acima apresentam características em comum, como inclusão de extrato de yucca para redução de odor fecal, prebióticos como frutooligossacarídeos e parede celular de levedura (fonte de mananoligossacarídeos), para modulação da microbiota intestinal e, consequentemente, promoção de saúde intestinal, bem como utilização de ingredientes de alta digestibilidade. Ainda vale mencionar que todos esses alimentos são formulados para controlar o pH urinário (por meio das concentrações de cátions e ânions), importante para prevenção de cálculos urinários”, garante Marina.
Recentemente, a PremieRpet também apresentou um lançamento de destaque em sua linha de alimentos coadjuvantes: PremieR Nutrição Clínica Renal Gatos – Estágios Iniciais chegou para complementar o portfólio e atender felinos com diagnóstico ou suspeita da Doença Renal Crônica (DRC) nos estágios 1 e 2. “Diferentemente do produto convencional para doença renal, que atende animais com a doença nos estágios mais avançados e envolve restrição mais severa de proteína e fósforo, o lançamento para estágios iniciais atua em uma etapa anterior, quando o diagnóstico é preliminar ou até mesmo incerto. É o momento em que a nutrição será fator decisivo para retardar o avanço da doença, conforme comprovam estudos clínicos. Antecipar-se ao avanço da doença, detectá-la e, principalmente, agir quando ainda está no início são desafios quando se trata da DRC”, esclarece.