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Fevereiro Roxo e a prevenção contra doenças neurodegenerativas

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O cuidado com pets idosos ganha destaque com o “Fevereiro Roxo”, mês dedicado ao debate e à prevenção contra doenças neurodegenerativas em cães e gatos com idade avançada. 

Progressivas e com alto potencial letal, as doenças neurodegenerativas afetam todo o sistema nervoso central do pet, região responsável pela cognição, causando a perda de equilíbrio, memória e apetite e acarretando em uma infinidade de doenças crônicas. 

Leia o post para entender melhor sobre o Fevereiro Roxo. 💜 

Fevereiro Roxo e o cuidado com pets idosos

Cãezinhos que já passaram dos 7 anos de idade e gatinhos acima dos 11 anos de vida já podem ser considerados idosos.

Nesse período, é comum a alteração do metabolismo e redução na taxa hormonal, além do desgaste natural de órgãos e musculatura. As doenças neurodegenerativas, portanto, surgem exatamente nesse estágio de vulnerabilidade física e mental dos animais

O Fevereiro Roxo surgiu primeiro como uma forma de prevenção ao Alzheimer, Leucemia e Lúpus em humanos, mas ganhou foco nos últimos anos também com as doenças em pets. 

O mês é voltado a campanhas de prevenção, tratamento e, principalmente, ao diagnóstico precoce, tão importante para minimizar os danos físicos e mentais nos bichinhos. 

Foto de um cachorro beagle triste deitado no chão
Cães e gatos com idade avançada podem apresentar problemas graves de saúde. 

Doenças neurodegenerativas mais comuns

Ao conhecer as doenças neurodegenerativas mais comuns aos pets, é possível ter um olhar mais atento aos primeiros sinais dessas enfermidades.

Síndrome da Disfunção Cognitiva

Comparada ao Alzheimer em humanos, a Síndrome da Disfunção Cognitiva afeta áreas importantes do cérebro dos animais. 

Por ser uma doença neurodegenerativa, ela causa diversas alterações metabólicas capazes de comprometer a memória, audição, vocalização e, principalmente, a memória do pet. 

O envelhecimento dos neurônios, a má alimentação e a falta de enriquecimento ambiental ao longo dos anos são os fatores mais comuns para o desencadeamento da doença. 

A tendência é que o animal vá aos poucos perdendo sua identidade e ficando mais neutro às situações no seu entorno. 

Sintomas 

  • Mudanças repentinas de comportamento
  • Estresse
  • Ansiedade
  • Necessidades fisiológicas feitas em locais diferentes
  • Não reconhecimento de pessoas próximas
  • Medo excessivo
  • Vocalização e agitação noturna
  • Andar compulsivo

Convulsões

Há diversas razões para convulsões nos pets, mas quanto mais o tempo passa, aumentam mais as chances delas acontecerem. 

Tudo pode começar com contrações leves no corpo, como tremores na cabeça, nas extremidades e no pescoço. A abertura involuntária da mandíbula e um comportamento mais reativo podem indicar o início de convulsões mais graves. 

Ao notar qualquer indício desse comportamento, o ideal é levar o animal ao médico-veterinário. A situação se torna ainda mais necessária quando a convulsão é generalizada e superior a 2 minutos de duração, podendo ser letal. 

Sintomas

  • Salivação em excesso
  • Rigidez nos músculos
  • Abertura involuntária da mandíbula
  • Pequenos tremores em regiões do corpo
  • Mudanças no paladar
  • Perda de consciência

Paralisia

O desgaste da musculatura e, principalmente, das articulações podem gerar inúmeros problemas de mobilidade nos pets. 

A paralisia, também conhecida como fraqueza das extremidades, compromete a parte motora e pode ocorrer em cães e gatos velhinhos de forma mais branda ou agressiva, a depender da idade e estado de saúde do animal. 

O problema é que a doença é progressiva, ou seja, se não for tratada nos primeiros sintomas, a tendência é que vá piorando com o tempo. 

Sintomas

  • Dificuldade de mobilidade
  • Tempo excessivo de ociosidade
  • Perda de apetite
  • Patas traseiras sendo arrastadas
  • Dores pelo corpo

Alteração nos sentidos 

Os sentidos são essenciais para o dia a dia dos felinos e caninos. Quando chegam na velhice, uma doença pode comprometer a percepção de mundo desses animais. 

A alteração nos sentidos é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente a audição, visão e olfato de cães e gatos. Ocasionada pela lesão nos nervos e pelo desgaste de órgãos vitais, pode deixar os bichinhos mais inseguros e neutros na relação com os membros da casa. 

É comum chamar o animal e ele não escutar. Da mesma forma, percebe-se que ele começa a se locomover com mais insegurança, como se não conhecesse o espaço que sempre habitou. 

Sintomas

  • Dificuldade para engolir
  • Salivação em excesso
  • Perda da sensibilidade
  • Inatividade repentina
  • Lesões excessivas

Doenças neurodegenerativas: como prevenir? 

É fundamental estar atento aos sinais que os pets dão, principalmente quando já estão com idade avançada. 

Apatia, dificuldade para comer e se locomover, mudanças repentinas de comportamento, confusão, tremores, indisposição e salivação excessiva são possíveis indícios de doenças neurodegenerativas nos pets. 

Foto de um gatinho doente no colo de sua dona
Identificar os primeiros sinais de doenças neurodegenerativas pode dar mais qualidade de vida ao pet. 

Mas, além do diagnóstico precoce, como prevenir que essas doenças atinjam os animaizinhos no futuro? 

Invista no enriquecimento ambiental

Bote a mente do seu cãozinho ou gatinho para funcionar criando um ambiente que possa estimulá-lo e desafiá-lo. Brinquedos são uma ótima ferramenta para o desenvolvimento cognitivo de pets, principalmente os modelos interativos. 

Além disso, se preocupe em oferecer um espaço rico e limpo para o bem-estar do pet, com casinha ou caminha em boas condições e comedouros e bebedouros limpos e funcionais. 

Foque na alimentação saudável 

Evite alimentos transgênicos, com corantes e aromas artificiais, além de rações e petiscos muito industrializados e com baixo teor de fibras, vitaminas e minerais. 

A alimentação do pet ao longo da vida vai influenciar na sua saúde na velhice. Sendo assim, vale a pena gastar um pouquinho a mais para evitar inúmeras doenças no futuro. 

Faça consultas regulares ao médico-veterinário

As idas do pet ao médico-veterinário devem ser regulares, principalmente quando esses animais estão em idade avançada. Separe, ao menos, 3 vezes ao ano para consultas, pois algumas doenças são silenciosas e só podem ser identificadas por meio de exames laboratoriais. 

Aproveite para tirar todas as suas dúvidas e também para redefinir a alimentação do pet, caso seja necessário. 

Faça passeios e exercícios regulares

Não abra mão daquela saidinha no fim de tarde com o peludo. Os benefícios de passeios e exercícios regulares são inúmeros, além de serem decisivos para uma vida mais saudável futuramente. 

Separe, no mínimo, 30 minutos diários para essa tarefa. Se não puder ir à parte externa, invista esse tempo em brincar junto com o pet. Esse contato, além do gasto de energia, aumenta os níveis de felicidade do bichinho, o que é ótimo para sua saúde mental. 

Participe do Fevereiro Roxo e busque conscientizar outros tutores de pets para a prevenção de doenças neurodegenerativas nos animais. Lembre-se que um olhar atento pode salvar vidas! 

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