Com o final do ano se aproximando, muitas pessoas costumam ter atividades intermináveis e compromissos que ocupam toda a agenda semanal, passando longos períodos fora de casa. Além disso, período é marcado por viagens, resultando em ausências dos tutores com seus pets, fator que deve ser um ponto de atenção.
O professor e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Tiago Ladeiro, destaca a sensibilidade dos animais diante de mudanças na rotina e da ausência prolongada do tutor. “Observamos que tanto cães quanto gatos enfrentam desafios significativos quando o tutor está ausente, e isso se intensifica com as mudanças na rotina. Conscientes de que nem sempre é viável incluir o pet em uma viagem de férias, sugerimos antecipar o planejamento e decidir com antecedência quem cuidará do animal, ou considerar a opção de um hotel de confiança. Em todos os cenários, é crucial dedicar um período de preparo e adaptação para que o bichinho se acostume com o cuidador temporário, buscando iniciar esse processo o quanto antes, a fim de minimizar possíveis estresses”.
O veterinário aponta que animais mais sensíveis podem reagir de maneira intensa à separação, manifestando sinais como recusa na alimentação, isolamento, apatia, destruição de móveis e brinquedos, agressividade e até mesmo sintomas de depressão. Por isso, quanto mais cedo o pet for acostumado a essas situações, melhor ele tende a aceitá-las.
Segundo ele, se esse cuidador puder ser um membro da família, melhor ainda, mas caso não tenha ninguém, opções como creches e hotéis para pets também são uma alternativa. “Estes estabelecimentos oferecem a oportunidade para os cães interagirem, brincarem e receberem assistência constante, simulando um ambiente familiar. No caso dos gatos, uma alternativa interessante é a contratação de uma cat-sitter. Esse profissional visita a casa dos tutores, realiza tarefas como alimentação, brincadeiras e limpeza das caixas de areia, proporcionando companhia aos felinos sem retirá-los do ambiente familiar, já que mudanças na rotina podem ser fontes de estresse para esses animais”, esclarece o veterinário.
Quanto ao período aceitável para deixar o pet sozinho, Tiago conclui que é preciso atenção. “Não é recomendado deixar o animal sozinho por muito tempo. Embora se diga que os gatos são mais independentes, isso não significa que possam ficar sozinhos em casa por um dia inteiro. Eles necessitam de cuidados regulares, como reposição constante de água e comida, limpeza da caixa de areia, além de atenção e carinho. No caso dos cães, a indicação é ainda mais restrita; não devem ficar mais do que 8 horas sozinhos. O tédio pode facilmente transformar-se em hábitos prejudiciais, como latidos excessivos e a destruição de móveis e objetos”.
Fonte: Faculdade Anhanguera, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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