Pular para o conteúdo

Veterinária explica diferença entre agressividade

  • por

Medo, estresse, dor ou até mesmo falta de socialização adequada podem desencadear agressividade nos pets (Foto: reprodução)

Desvendar os enigmas por trás do comportamento dos animais de estimação é fundamental para uma convivência harmoniosa e colabora para a criação de um vínculo indestrutível. Investigar as sutilezas de suas personalidades, sobretudo ao lidar com agressividade e reatividade, mostra-se crucial para garantir o bem-estar dos nossos companheiros peludos e de toda a família. 

“Na verdade, não há diferença entre os dois termos. O que acontece é que a reatividade é uma reação exacerbada a estímulos que normalmente o pet não reagiria, sendo a agressividade uma dessas reações, podendo começar como um desconforto e escalar para uma reação mais agressiva. Algumas pessoas acham que a agressividade é só morder, mas ela demonstra seus efeitos muito antes. Esses comportamentos podem surgir por diversas razões e compreender seus gatilhos é o que nos permite abordar as questões de maneira resolutiva”, explica a veterinária comportamental do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo, Marina Meireles.

Medo, estresse, dor ou até mesmo falta de socialização adequada podem desencadear esse tipo de comportamento em pets. Observar sinais de alerta, como rosnados, postura corporal tensa, orelhas abaixadas, latidos excessivos, pulos ou tentativas de fuga, ajuda a compreender as razões por trás desse comportamento. Entender as situações que desencadeiam essas reações permite criar um plano para encontrar soluções e criar um ambiente mais seguro e confortável ao pet, reduzindo o risco de incidentes.

Os sinais de alerta são rosnados, postura corporal tensa, orelhas abaixadas, latidos excessivos, pulos ou tentativas de fuga, entre outros (Foto: reprodução)

A veterinária reforça que lidar com reações agressivas demanda paciência e muita observação. Um primeiro passo fundamental ao perceber tais comportamentos é levar o pet ao veterinário para ter um diagnóstico diferencial de alguma causa clínica. Muito comumente os comportamentos dos bichinhos se devem a uma alteração clínica, podendo ser dor física ou alteração hormonal. Só depois dessa avaliação, é recomendado levar o pet a um adestrador.

A intervenção especializada garante um ambiente seguro e harmonioso para o cão e seus cuidadores. Mas, além dele, criar um ambiente enriquecedor também apoia a estabilidade emocional dos pets. Isso envolve fornecer estímulos adequados, como brinquedos interativos, desafios cognitivos e atividades físicas que atendam às necessidades específicas de cada raça.

O equilíbrio emocional dos pets depende, ainda, das oportunidades de socialização. “A interação positiva com outros pets, seres humanos e novos ambientes contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais e a redução do estresse. Passeios regulares, encontros com outros animais e a participação em atividades sociais promovem o fortalecimento dos laços afetivos com seus cuidadores. Ao investir tempo e esforço na compreensão das necessidades individuais de cada animal, o tutor consegue construir vínculos mais profundos, criando uma relação saudável e harmoniosa com o seu melhor amigo”, conclui Marina.

Fonte: Nouvet, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

LEIA TAMBÉM:

Intoxicação por chocolate em cães e gatos: quais os riscos e sinais clínicos?

Veterinário fala sobre a disfunção cognitiva canina 

Conselho Nacional aprova projeto de canis e gatis em presídios

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *