Em fevereiro chega o carnaval e esta é mais uma ocasião em que muitos tutores desejam curtir junto de seus melhores amigos de quatro patas. No entanto, a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), do Grupo UniEduK, Aline Ambrogi, alerta sobre os riscos que o ambiente pode oferecer, bem como os cuidados que se deve ter durante a folia.
“O carnaval pode ser uma boa opção no caso de bloquinhos pet friendly que possuam estruturas para os animais, como sombra e disponibilidade de água fresca. Além disso, é importante que o seu cachorro esteja acostumado com passeios em locais agitados, com presença de pessoas, outros animais e sons altos. Caso não seja o caso, a diversão pode ser um estresse”, alerta.
“O ideal é ter sempre o bom senso e ficar atento a temperatura naquele momento. O calor intenso pode levar o animal a uma hipertermia, doença que pode até causar o óbito do pet. Deve-se ter uma atenção especial, principalmente, com as raças braquicefálicas (shih-tzu, pug, buldogue francês etc). Essas possuem cabeça mais ‘achatada’ e o focinho ‘encurtado’, e têm maior dificuldade para respirar”, explica.
Outro fator a se levar em consideração é o barulho causado pelas atrações musicais. Segundo a médica-veterinária da UniFAJ, o som muito alto pode assustar os cães, pois eles possuem sensibilidade maior e conseguem ouvir mais que o dobro do ser humano.
“Dependendo do volume do som, pode até levá-lo a perda gradativa da audição”, alerta Aline. “Fazer uma adaptação dias antes do carnaval pode ser benéfica ao pet. Isso pode ser feito a partir de passeios diários em parques e praças, locais que costumam ser mais agitados.”
Não é novidade para ninguém que qualquer lugar que tenha aglomeração pode ter grande circulação de microrganismos que causam doenças infectocontagiosas. Portanto, além do vermífugo, os cães devem estar em dia com as vacinas da raiva, da gripe e a múltipla.
Seu cão também sente sede e fome: Lembre-se que, assim como você, seu animal também tem fome e sede. Então não esqueça de ofertar água sempre fresquinha, limpa e abundante. Na hora de comer, pode ser oferecida ração úmida e pelo menos duas vezes ao dia. Como petisco, podem ser oferecidas frutas suculentas como melancia e melão. Jamais ofereça uva, carambola e casca de abacate, pois causam intoxicação ao animal.
Mantenha o animal na guia e com coleira: Os cães conseguem ouvir barulhos há quilômetros de distância e, com o som alto, pode deixá-lo com medo e estimulá-lo ao seu instinto de sobrevivência, podendo ficar mais agressivo com pessoas próximas e até escapar. Portanto, deixe o animal sempre com guia e coleira com identificação.
Encontre um espaço confortável: Nada de levar o pet para o meio da multidão. É importante que ele fique num espaço mais tranquilo, arejado e se possível com sombra. Se tiver sol, não esqueça de passar protetor solar, principalmente em áreas de cor branca, tais como focinho, orelhas, pálpebras e eventualmente no abdômen.
Mantenha seu pet longe tinturas, sprays e espumas: O momento é de diversão e alegria, mas em hipótese alguma utilize tinturas, sprays e espumas para ‘decorar’ o pet. Segundo a médica-veterinária da UniFAJ, esses produtos são altamente químicos e podem causar estresse e alergias na pele.
Fantasias e adereços: Eles podem ser uma forma divertida de entreter o pet, porém, certifique-se que não estejam incomodando o animal. No caso das fantasias, dê preferência por tecidos mais leves como malha e algodão.
Fonte: Correio do Estado, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
LEIA TAMBÉM:
Investigadores descobrem novos marcadores de doença renal em cães com erliquiose
CRMV-RJ repudia sedação de animais durante viagens
Canabidiol tem maior eficácia em pets quando associado a outros tratamentos