Ter um gato gordinho pode ser um encanto: as dobrinhas na pele, o corpo rechonchudo, o andar lento e engraçado… Porém, toda essa fofura, na verdade, é um perigo para a saúde e longevidade desses felinos.
Ter um gato obeso pode ser um risco. Causadora de inúmeras doenças, como problemas respiratórios, diabetes, enfraquecimento das articulações e o aparecimento de tumores, a obesidade pode ser fatal.
Se você tem um bichano gorducho e suspeita que ele está obeso ou com sobrepeso, leia o post para entender melhor como identificar a doença e as melhores formas de preveni-la.
Vamos lá? 🐈
Obesidade em gatos: quais são os riscos?
A obesidade é uma doença séria não só para os pets, mas também para os humanos. No Brasil, mais da metade da população é obesa ou está em sobrepeso. Estima-se que 30% sejam jovens entre 18 e 24 anos, enquanto 68% são adultos entre 45 e 54 anos.
Os dados são ainda mais chocantes quanto ao número de mortes decorrentes da obesidade: cerca de 168 mil óbitos por ano são atribuídos à doença no Brasil.
Quando pensamos nos bichanos, os números também não são nada animadores: 35% dos gatos domesticados, em média, estão acima do peso.
Quando um gato está obeso?
Mas o que significa estar em um quadro de obesidade felina? Gatos que estão nessa condição apresentam um aumento igual ou superior a 20% do seu peso corporal.
Quando o animal consome mais calorias do que gasta, há um desequilíbrio energético capaz de impactar todo o metabolismo do bichano, comprometendo as funções de diversos órgãos e músculos fundamentais à sua saúde.
Esse excesso de gordura acumulada vai, ao longo do tempo, enfraquecer o organismo do pet e ser uma porta de entrada para o surgimento de doenças.
A diabetes é uma das mais comuns em gatinhos obesos e ocasiona a queda hormonal misturada com apatia e aumento na saciedade. Além dela, o felino pode adquirir:
- Doenças no fígado
- Doenças intestinais
- Doenças circulatórias
- Doenças do trato urinário
- Surgimento de tumores
- Urolitíase
- Lipidose hepática
- Desgaste das articulações
Como identificar um gato obeso?
Mas, afinal, meu gatinho está gordinho ou é só seu biotipo, raça ou porte? Antes de começar a se preocupar em emagrecer o gato, é importante saber que existem alguns fatores que facilitam identificar se o seu peludinho está obeso.
O primeiro deles é levá-lo ao médico-veterinário. Esse profissional, por meio de exames e avaliação, pode afirmar o real estado de saúde do pet e, eventualmente, definir o melhor tratamento para a redução do peso.
Em casa, você pode notar aspectos físicos e comportamentais no gatinho para saber se ele se encontra com gordura corporal excessiva.
Aspectos físicos
Existe um teste simples para ajudar a perceber se o gatinho se encontra no peso ideal, em sobrepeso ou com obesidade, apenas apalpando a região das costelas.
Se, ao tocar, é fácil encontrar as costelas, significa que o gato está no seu peso ideal. Contudo, se você notou certa dificuldade para apalpar a região, o felino pode estar em sobrepeso. A obesidade está quando não é possível achar as costelinhas do animal.
Além do teste, é possível observar o físico do gato por duas perspectivas: de cima e de lado. Quanto menos se consegue enxergar a ondulação entre a cintura e as costelas, maiores são as chances do felino estar acima do peso.
Aspectos comportamentais
O comportamento de um gatinho obeso pela casa pode ser confundido com outras doenças, por isso é fundamental ter um acompanhamento profissional para analisar o real estado de saúde do peludo.
Para ter uma noção se o seu gato está obeso, considere os aspectos físicos e associe aos comportamentais. Portanto:
- Ele come além do recomendado?
- Demonstra apatia e muita preguiça?
- Se movimenta pouco pela casa?
- Evita subir nos móveis e correr atrás dos brinquedos?
- Se sente cansado ou indisposto muito rápido?
- Vocaliza pouco?
Se você respondeu sim para todas ou para a maioria das perguntas, há grandes chances do seu gatinho estar com problemas de excesso de peso.
O que causa a obesidade em gatos?
Não dá para cravar um motivo específico causador da obesidade em gatos. Na verdade, são diversos fatores que colaboram para uma maior inatividade física dos bichanos, contribuindo para o ganho de peso.
Castração
É fato entre os profissionais da medicina veterinária que a castração traz mais qualidade de vida para os pets. O procedimento evita o risco de doenças graves nos peludos, reduz a agitação dos felinos e diminui a superpopulação de gatos abandonados.
A contrapartida é que os gatinhos tendem a ficar mais preguiçosos e inativos, por conta da queda na taxa hormonal. Essa ociosidade pode provocar o aumento no ganho de peso, uma vez que os animais deixam de se exercitar.
Alimentação
Não seguir as instruções das porções indicadas nas rações, dar restos de comidas de humanos e sempre deixar o pote do felino cheio contribuem para o consumo exagerado de calorias.
Falta de enriquecimento ambiental
Gatinhos que não contam com um ambiente estimulante podem se sentir mais ociosos e estressados, diminuindo o gasto calórico.
Arranhadores, prateleiras, comedouros interativos, fontes, tocas e brinquedos são ótimas ferramentas para estimular o gato a se movimentar e gastar energia. Isso acelera seu metabolismo e tira sua atenção principal na comida.
Fase idosa
A chegada da velhice para os gatos pode ser extremamente perigosa. Mais cansados, desgastados e sem tanta energia, a tendência é uma queda considerável no gasto calórico.
A obesidade, portanto, pode surgir nesse contexto em um cenário de difícil reversão, por conta dos inúmeros outros problemas físicos e mentais que a fase idosa apresenta.
Rotina preguiçosa
A participação dos tutores na saúde e equilíbrio do peso ideal dos felinos é fundamental. Por isso, cabe aos pais e mães de bichanos interagir constantemente com o animal, por meio de brincadeiras em conjunto, carinhos durante o dia e passeios rotineiros.
4 dicas para prevenir a obesidade felina
Mas, afinal, quais são as melhores formas de evitar que meu gato fique obeso? Na verdade, não há uma ação isolada capaz de prevenir a doença, mas um conjunto de práticas que visam manter o bichano saudável e em constante atividade.
1. Visite o médico-veterinário frequentemente
Não abra mão de visitar o veterinário constantemente, mesmo que seu gatinho esteja, aparentemente, saudável. Muitas doenças, como a obesidade, podem surgir aos poucos e de maneira progressiva, o que só é possível identificar através de exames específicos.
Aproveite para tirar dúvidas sobre a rotina alimentar do pet, assim como as melhores práticas para manter seu dia a dia saudável.
2. Siga as porções alimentares recomendadas
É comum muitos tutores de gatos encherem o pote de ração ao notarem que ele está vazio. Essa é uma prática extremamente perigosa e que contribui ativamente para o ganho excessivo de peso.
Ao comprar uma ração, leia o rótulo da embalagem e verifique a quantidade diária recomendada. Evite ultrapassar a sugestão e tente fracionar as porções durante o dia.
3. Ofereça estímulos constantes
Não basta comprar um brinquedinho e deixá-lo solto imaginando que o pet vai se sentir estimulado. Brinque ao lado do peludo e ensine como morder, correr ou pegar aquele atrativo.
Em casa, mantenha um cantinho com itens estimulantes, como arranhadores, bolinhas e varinhas, por exemplo. O importante é que ele tenha o que fazer durante o dia e não fique a maior parte do tempo ocioso.
Passeios ao ar livre também são ótimos programas para manter a saúde física e mental do gatinho em dia.
4. Escolha rações com ingredientes saudáveis
Sabemos que nem sempre é possível comprar rações com ingredientes ricos em nutrientes e que sejam saudáveis para nossos peludos, já que essas são mais caras e difíceis de encontrar.
Porém, sempre que puder, opte por marcas que ofereçam uma alimentação nutritiva e com ingredientes naturais, auxiliando os peludos a manter o peso corporal.
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Publicitária, pedagoga, apaixonada pela vida e extremamente curiosa.
Leitora voraz de vários assuntos, vidrada em tecnologia e desbravadora do mundo pet.
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