Quem acompanha as notícias do universo pet deve se lembrar do Bobi, o rafeiro do Alentejo que ostentava o título de cão mais velho do mundo. Sua morte, em outubro passado, comoveu aqueles que se encantam pelos amigos de quatro patas.
No entanto, Bobi está imerso em uma polêmica. Devido a dúvidas sobre sua longevidade, o título de “cão mais velho do mundo” enfrentou uma suspensão temporária do reconhecimento por parte do Guinness World Records.
A validade do título foi posta em xeque depois que observadores apontaram diferenças nas patas do cão — que teria atingido a idade de 31 anos e cinco meses — em imagens de 1999 em comparação com as do animal que faleceu em outubro de 2023.
Além disso, veterinários também já destacaram que os registros de idade em bancos de dados nacionais de animais domésticos muitas vezes dependem da auto certificação dos tutores, e um teste genético confirmou apenas que Bobi era idoso, sem fornecer uma idade precisa.
Antes de Bobi, o cachorro mais longevo havia sido Bluey, um cão de gado australiano que morreu em 1939 aos 29 anos e cinco meses, conforme destacou o The Guardian.
Uma investigação rigorosa da revista Wired revelou que a base de dados do governo português para registro de cães e gatos tinha uma entrada para o rafeiro, nascido em 1992 segundo seu tutor, mas carecia de registros ou dados que pudessem corroborar ou refutar essa afirmação.
O Guinness World Records não havia contatado o banco de dados do governo para verificar as informações e, diante dessas questões, um porta-voz da instituição confirmou na terça-feira que Bobi foi destituído temporariamente de seu título enquanto aguarda os resultados de uma investigação em andamento.
Fonte: Aventuras na História, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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