Se aparecer um animal silvestre perto de casa, o que devo fazer? A dúvida é bem comum e costuma ser ainda mais frequente nesta época do ano. Antes de mais nada, é importante lembrar que o cuidado com esses animais ajuda a manter o equilíbrio do meio ambiente. Por isso, nada de “eliminá-los”.
O cuidado deve ser praticado mesmo com cobras ou animais maiores, que causam certo temor. Todo o processo de atendimento à fauna silvestre atende a resoluções específicas para cada Estado ou município.
Para ajudar a população, o Instituto Água e Terra (IAT), do Governo do Estado do Paraná, preparou um guia de como proceder em casos de encontro com jacaré, macaco, tamanduá, veado, tatu e também aves, como tucano e arara.
O primeiro passo é manter a calma e não tocar no bicho. A partir daí contatar o órgão ambiental especializado para fazer a remoção de maneira adequada, sem riscos para o animal e para a população.
“Nem todo animal que aparece na área urbana precisa ser resgatado ou pode causar algum tipo de incômodo. A captura funciona para casos em que o bicho está ferido ou significa um risco para a sociedade. A convivência pacífica é sempre a melhor solução”, explica a médica-veterinária do IAT, Fabiana Baggio.
Alguns exemplos de animais que podem aparecer envolvem arara, bem-te-vi, bugio, canário, capivara, cascavel, cervo, coruja, cutia, jabuti, jacaré, javali, macaco, paca, papagaio, sagui, tamanduá, tatu, onça, tucano e veado, entre outros.
Qual órgão ambiental deve contatar?
Os municípios, juntamente com o Estado, são os responsáveis por resgatar e atender animais silvestres feridos ou que circulem em zona urbana ou periurbana. Então, a dica é entrar em contato com as secretarias municipais de meio ambiente (ou órgãos similares da cidade) e passar o máximo de detalhes. A partir desta triagem é que o animal será resgatado.
Se quiser, pode ligar também para a Polícia Ambiental, Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros. Mas, se possível, a prioridade deve ser ao órgão municipal responsável.
Quando ocorrem desastres ambientais, por exemplo, como queimadas e enchentes, ou quando os animais estão feridos. A captura de animais em áreas de difícil acesso que exijam técnicas específicas como escalada, ou dependam do uso de equipamentos de segurança, também representa uma situação crítica.
Animais de médio e grande porte que tenham comportamento agressivo ou que possam causar ferimentos e morte merecem atenção.
Nos casos que envolvam fauna peçonhenta, fauna relacionada com zoonoses ou que apresentem especial relevância para a saúde pública, recomenda-se acionar a secretaria de saúde da cidade, uma vez que a coleta, identificação, transporte e destinação deste tipo de fauna compete ao sistema local.
Por que proteger os animais silvestres?
Eles são fundamentais para o equilíbrio ecológico. Graças a eles, existe uma manutenção regular na quantidade de animais nocivos, muito comuns nas cidades, como baratas, moscas, aranhas e escorpiões. Além disso, a fauna silvestre ajuda a manter os parques das cidades vivos e em harmonia, o que equilibra o clima local, a disponibilidade hídrica e os ambientes de lazer.
Se for um animal silvestre de menor porte e que não cause perigo, uma opção é deixar que o próprio bicho voltará ao seu habitat natural. A outra é entrar em contato com o órgão ambiental do município.
Fonte: Governo Estadual do Paraná, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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