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Urinando demais ou fora da caixa? Hora de ir ao veterinário

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O trato urinário pode ser dividido em superior, que corresponde aos rins e ureteres, e inferior, que compreende a vesícula urinária (bexiga) e a uretra. A Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) é um termo mais genérico para se referir às enfermidades que podem acometer tanto a bexiga quanto a uretra dos gatos.

Quem nos explica é a médica-veterinária especializada em Nefrologia e atuante como médica-veterinária da família no Centro Veterinário Nouvet, Lorena Gatto Fusetti. 

4 month old Bengal kitten goes to the toilet in plastic litter box.
Ficar de olho aos sinais que o gato dá na hora de ir à caixinha pode ser vital para identificar alguma enfermidade antes que se agrave (Foto: reprodução)

Ela conta que os sinais observados nestes pacientes podem ser muito semelhantes, mesmo que as causas de base sejam diferentes. “Geralmente, se desenvolvem, conjuntamente, várias idas à caixa de areia, polaciúria, estrangúria, disúria, hematúria, vocalização, lambedura excessiva do pênis e da vulva. Alguns animais podem apresentar processos obstrutivos parciais, caracterizando um quadro de urgência médica ou total, sendo, neste caso, emergência médica. O processo obstrutivo prolongado predispõe à uma importante injúria renal que pode evoluir para insuficiência renal aguda, a qual cursa com sinais de prostração, êmese, diarreia, anorexia, desequilíbrio eletrolítico e distúrbios ácido-base piorando o prognóstico”,  explica.

Ainda segundo a profissional, as causas mais comuns para o problema podem estar relacionadas com infecções; alterações anatômicas das vias urinárias, cálculos urinários, “plugs”, baixa ingestão hídrica, neoplasias e traumas. 

“Quando descartadas todas as possibilidades de causas citadas acima, nesse caso, damos o nome de cistite idiopática ou cistite intersticial, que é um processo inflamatório do trato urinário inferior, geralmente mediada por fatores estressantes na rotina do animal, que resultam em alterações psiconeuroendócrinas”, pontua Lorena. 

Ela ainda conta que, nessa condição, há o envolvimento da questão comportamental e gatilhos de estresse, como, por exemplo, mudanças ambientais, conflitos com outros animais e, até mesmo, a presença de outra enfermidade, podendo variar de indivíduo para indivíduo. “Portanto, não há um exame confirmatório, sendo o diagnóstico baseado nos sinais clínicos e exclusão das demais condições citadas”, revela.

Leia sobre outros detalhes, os tipos de tratamento e o papel do tutor neste desafio acessando a reportagem “Doenças do trato urinário”, na editoria Felinos, dentro da edição nº 290 da Revista Cães e Gatos VET FOOD.

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