Assim como os humanos, o transtorno de ansiedade também pode acometer os animais, principalmente, os domésticos. Ele está relacionado ao medo, angústia e alteração comportamental em decorrência de gatilhos pré-estabelecidos como, por exemplo, o abandono ou até mesmo o excesso de apego. Alguns pets podem passar a apresentar alterações comportamentais significativas quando estão, ou sentem que vão estar distantes dos seus tutores. Esse quadro é denominado Ansiedade de Separação e apesar de ser mais comum nos cães, também pode acometer os gatos.
Além de gerar sofrimento, eles ainda podem ficar propensos às doenças derivadas do estresse – como inflamação de vias urinárias situacionais dos gatos, – quadros depressivos, além da falta de apetite, distúrbios como vômitos, regurgitações, diarreias e agitação excessiva. Ainda é possível quebrarem objetos e se machucarem na tentativa de chamar atenção.
De acordo com o veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Uninassau Recife, campus Graças, Wagner Araújo, para minimizar os efeitos desse quadro é necessário que os responsáveis naturalizem a ausência e façam o pet compreender que ela é temporária.
“O animal precisa compreender que essa ausência não é permanente, seu tutor sai de casa e depois retorna. Para os que apresentam a ansiedade, é fundamental que as pessoas evitem fazer um drama na hora da separação, devem agir com calma e naturalidade, para que isso não gere gatilhos ou associações ruins . Deixar brinquedos ou materiais de enriquecimento ambiental disponíveis, deixar petiscos espalhados pela casa, deixar a televisão ligada por um período de tempo após a saída, são algumas das medidas que podem ser adotadas”, sugere.
No entanto, se mesmo após essas estratégias o animal não mudar de comportamento, é indicado buscar o auxílio de profissionais especializados. “Quando o comportamento do pet representar desconforto para ele mesmo e para o tutor, influenciar diretamente na rotina saudável de ambos, é hora de buscar apoio de um especialista em neurologia e comportamento animal e também de um adestrador para que não haja prejuízos na qualidade de vida e no bem-estar dele”, orienta.
Confira os principais sintomas da ansiedade de separação:
- Choro;
- Latidos constantes;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Falta ou excesso de apetite;
- Excesso de lambeduras;
- Taquicardia;
- Agressividade;
- Agitação excessiva;
- Perseguição da cauda;
- Roer e destruir itens da casa;
- Arranhar a porta;
- Urinar em locais diferentes do habitual;
- Mordeduras pelo corpo;
- Quebra de objetos da casa.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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