Cláudia Guimarães, da redação
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O fim do ano é um período onde muitas pessoas refletem os feitos e conquistas do ano que se encerra, recapitula os erros e acertos, buscando um próximo ano melhor, seja em sua vida pessoal ou profissional. Nós, da C&G VF, propomos uma reflexão: será que 2022, após todo isolamento social imposto pela pandemia, nos trouxe uma expertise melhor sobre Saúde Única, ou seja, saúde dos animais, dos humanos e do meio ambiente? Esperamos que sim.
Mas, para reviver alguns pontos altos dos conteúdos aqui do nosso portal de notícias, vamos publicar, ao longo dessa semana, alguns compilados com as reportagens mais acessadas em 2022, começando por essa publicação.
E, falando em pandemia, lembramos da médica-veterinária que atuou na linha de frente de Covid-19 e nos revelou como foi a experiência. Seu nome é Liria Hiromi Okuda e ela é pesquisadora científica do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e estampou nosso portal no Dia Internacional da Mulher (08 de março).
“Nós, como profissionais, temos o dever de transmitir o conhecimento, de forma clara, concisa e que mude paradigmas, sem que elas sejam impostas, mas que enxerguem, em suas palavras e atitudes, a verdade do conhecimento”, declarou.
Também mostramos por aqui um projeto realizado por docentes e alunos de Medicina Veterinária do Ceunsp, focado na captura, esterilização e devolução (CED) de gatos ferais. Segundo a médica-veterinária, professora do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp) e responsável pelo Projeto Social C.E.D Felinos do Campus, Vivian Lindmayer Cisi, contou: “Realizamos o censo dos animais, manejo nutricional, castração cirúrgica minimamente invasiva, vacinação para profilaxia da raiva, além de educação e orientação a respeito do projeto e guarda responsável para os funcionários (docentes, seguranças, auxiliares de limpeza etc.) e alunos. Quando capturamos felinos dóceis, eles são encaminhados para adoção”, compartilhou.
E, se você acompanha com frequência nosso portal de notícias, já deve ter percebido que a médica-veterinária especialista em clínica e cirurgia de cães e gatos, mestre em Ciência Animal e em pesquisas em saúde, Evelynne Hildegard Marques de Melo, é figurinha carimbada por aqui. Entre os materiais que elaboramos juntas, um teve bastante destaque e foi sobre a importância de veterinários distinguirem lesão na boca de felinos entre benignas e malignas.
A profissional falou sobre a úlcera indolente, que é uma lesão que ocorre nos lábios de alguns felinos domésticos, muito confundida com neoplasias, devido ao aspecto circular, avermelhado e profundo. “Em alguns gatos está associada a lesões no interior da boca também, enquanto outros apresentam a lesão limitada à região labial”, adicionou.
Agora, falando um pouco sobre raças caninas, publicamos um texto baseado em uma pesquisa que revelou que Shih-tzu é a segunda raça de cães mais querida do Brasil. A adestradora e consultora comportamental, Tatiana Piancastelli, conta que, dentre os cães de pequeno porte, a raça de origem tibetana, em geral, demonstra ser muito amorosa, afetuosa, dócil e com um nível de energia mais baixo. “Além disso, cães da raça Shih-tzu, não costumam ser tão sensíveis e medrosos, o que diminui a chance de desenvolver problemas de comportamento”, completou a profissional.
Ela destacou que os tutores devem ter cuidado especial com a pelagem desta raça, que costuma ser mais longa e necessita de escovação diária, para se livrar dos nós e sujeiras que se acumulam nos pelos. A tosa higiênica também é recomendada, para manter o cão sempre limpo e livre de possíveis incômodos.
E, apesar de um diagnóstico de algumas doenças, como a leishmaniose visceral serem um balde de água fria para os tutores, mostramos que, apesar de o pet estar infectado, ele pode ter uma vida normal se tratado adequadamente. O médico-veterinário e diretor da Clínica Veterinária Tabanez (Brasília-DF), Paulo Tabanez, informou que não há legislação específica nem termo de compromisso oficial que obrigue o tutor a seguir determinados passos, caso seja de sua opção tratar o pet. “O tutor deve se comprometer em utilizar os repelentes inseticidas, tratar de acordo com as recomendações veterinárias e, após estável, acompanhar possíveis recaídas por toda a vida. Logo, deve-se traçar as datas de acompanhamento para prever e intervir em recaídas”, aconselhou.
Vale lembrar que, a fim de evitar que o animal contraia a leishmaniose, assim como em muitas doenças, a melhor forma para evitar a leishmaniose é a prevenção, que deve ser realizada por um conjunto de medidas, como o uso de produtos tópicos com ação repelente, como a coleira antiparasitária para cães à base de deltametrina, e a vacinação.