Gabriela Couto, da redação
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Final de ano é época de festas, férias e viagens em família, incluindo os pets, seja ela de carro ou avião. Mas, os animais necessitam de alguns cuidados específicos para que a viagem seja agradável para eles, assim como para nós, humanos, do início ao fim.
O médico-veterinário e coordenador da área de Gestão de Cultura e Client Experience da rede de hospitais veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani, conta que cuidados e preparos específicos podem ser necessários no caso de viagens internacionais, dependendo do destino. Mas, sobre os cuidados básicos em relação à saúde do pet, o recomendado é que ele esteja com a vacinação em dia, vermifugado e com uso de preventivos para pulgas e carrapatos. Para as viagens para o litoral, o médico-veterinário recomenda, também, o preventivo da doença do verme do coração (dirofilariose).
Quinzani explica que a avaliação do veterinário pode ser obrigatória quando a viagem, seja ela nacional ou internacional, exigir um atestado de saúde que só pode ser emitido após o exame clínico do animal. “Para animais que vão viajar de carro e para destinos nacionais, recomendamos uma avaliação prévia para investigar o estado geral, atualizar as vacinas e realizar os exames preventivos. Se o pet irá viajar para uma área endêmica para leishmaniose, a prevenção para essa doença também deve ser instituída”, explica.
O profissional destaca que o recomendado é que todo pet tenha o cartão de vacinação em dia, atualizado anualmente. “A vacina de raiva é obrigatória para todos os destinos, nacionais e internacionais, e as outras vacinas (polivalentes) depende do País de destino”, reforça.
Nas viagens de carro, o ideal, segundo o médico-veterinário, é que o pet já esteja acostumado e isso deve ser introduzido desde filhote, com pequenos deslocamentos, como visitas ao veterinário, pet shops, passeios na cidade ou para lugares mais próximos nos finais de semana.
O uso de ar-condicionado pode ser essencial durante os trajetos de carro e o tutor deve sempre optar pelas horas mais frescas do dia. “Alguns animais podem sentir enjoo durante a viagem e, para isso, pode ter indicação de algum medicamento de acordo com a avaliação do médico-veterinário. Deixar o animal de jejum antes da viagem pode prevenir vômitos e paradas a cada duas ou três horas para que faça xixi e coco podem ajudar”, recomenda Quinzani.
Opção válida?
Alguns tutores têm o hábito de dar um remédio para que o animal fique mais tranquilo ou durma, mas o médico-veterinário reforça o perigo dessa atitude, pois todo medicamento só deve ser usado mediante indicação e prescrição. “Para alguns pacientes existe indicação de remédios para diminuir os enjoos, vertigens e a ansiedade, e esses fármacos causam certa sonolência. Medicamentos sedativos ou que causem depressão profunda são contraindicados, pois apresentam certos riscos para a saúde do pet, principalmente, se acontecer alguma reação indesejada durante a viagem, longe de assistência veterinária”, alerta.
No carro, os pets só podem ser transportados dentro de caixas de transportes adequadas, no banco traseiro e sempre preso ao cinto de segurança. “A caixa de transporte ideal deve ser adequada ao tamanho do pet, com travas de segurança nas portas e nas laterais. Recomendamos forrar a caixa com tapete higiênico e não colocar comida ou água dentro dela. A comida e água só devem ser oferecidas ao final da viagem ou nas paradas quando a viagem for muito longa”, orienta Quinzani.
A caixa de transporte também é essencial no caso das viagens de avião, e o profissional relembra a importância de acostumar o pet com o espaço antes da viagem, para evitar medo e estresse da parte dele. “Além dos cuidados com a documentação específica para o País de destino, devemos nos atentar para a caixa de transporte adequada, deixar o pet em jejum de comida e água, e, previamente, acostumá-lo a usar a caixa de transporte”.
Se o tutor tiver um gato, a viagem só será uma boa ideia se ele estiver condicionado e gostar de acompanhar, caso contrário, é melhor deixar o felino em casa, aos cuidados de alguém. “O gato pode ficar em casa se tiver alguém que cuide dele e faça a assistência diariamente. No caso dos filhotes, eles não devem ficar sozinhos nem por curtos períodos de tempo”, finaliza.
E, caso o pet apresente algum desconforto durante o trajeto, o recomendado é procurar orientação do médico-veterinário de confiança por telefone e, se necessário, dirigir até o hospital veterinário mais próximo.