Ao longo das décadas, os cães e gatos foram ganhando, aos poucos, espaço e importância na vida das famílias. Em vida, os cuidados com a saúde e alimentação foram repensados e readequados; as maneiras de garantir bem-estar e qualidade de vida foram ampliadas e a relação humano-animal foi intensificada.
Vivendo nesse cenário, após a partida de um animal de estimação, muitos tutores se preocupam com o destino final desse pet e é nesse momento em que consideram a cremação como a melhor opção, conforme comentado pela médica-veterinária clínica geral e pós-graduanda em Cardiologia Veterinária, Jaqueline Felício Martins: “Com o vínculo entre tutores e seus animais, o momento da perda de um pet pode ser extremamente doloroso. A necessidade de lidar com esse luto vem sendo um assunto abordado entre os tutores e, na tentativa de demonstrar respeito e, até mesmo, prestar uma última homenagem, as formas de destinação do corpo no animal vem sendo mais discutidas”, declara.
A médica-veterinária que atua em Clínica Médica de Pequenos Animais e como Plantonista Emergencial, Mariana Soares Grando, evidencia que, a cada dia, além dos tutores, os médicos-veterinários têm se preocupado com o destino final do paciente, visto que é uma responsabilidade de ambas as partes. “Aos veterinários, cabe a preocupação e responsabilidade devido ao risco biológico, mas, também, em desejar que seu paciente descanse em local apropriado. Em relação aos tutores, noto que veem os pets cada vez mais como membros da família e querem um final digno e sem sofrimento, com boas lembranças”, analisa.
Jaqueline destaca que é de responsabilidade do médico-veterinário disseminar as informações corretas de realização do descarte consciente do corpo do animal, visto que são práticas e informações recentes e que mais de 80% dos tutores não têm acesso a esse conhecimento. “Para o público leigo, o gesto de enterrar um animal que morre no quintal da casa ou sítio é considerado um gesto de carinho, dando a sensação de que o pet ficará mais perto da família. Porém, o que a maioria das pessoas não sabe é que descartar animais de forma indevida pode ser considerada uma prática de crime ambiental”, sinaliza.
Essa orientação, na visão de Mariana, deve existir até mesmo pelos tutores se sentirem bastante confusos neste momento tão delicado. “Não devemos induzir a opção em que acreditamos ser a correta, apenas instruir e sanar as dúvidas”, adiciona.
Ainda sobre essa sugestão do médico-veterinário, a veterinária e diretora Geral do crematório de animais R.I.P. Pet, Adriele Prina Bassi, lembra que a maioria dos pets vem a óbito em clínicas e hospitais veterinários e, mesmo quando ocorre em casa, via de regra, o tutor liga para o veterinário de confiança para buscar orientações sobre destinação e se certificar de que ele, realmente, veio a óbito. “Nesse momento, o veterinário tem um papel importante de acolhimento, mas, também, de orientação sobre as opções que esse tutor tem. Um momento super delicado para nós, veterinários, e que requer muito cuidado e carinho”, pondera.
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(Foto: C&G VF)
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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