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Aclamada pela República dos Camarões, raça Basenji é uma das mais antigas do mundo

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Cláudia Guimarães, da redação

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Um cão de aspecto leve e de ossos finos, com pernas longas, sempre bem equilibrado, vivaz e inteligente. Essas são as principais características da raça Basenji, que poderia ter, por si só, uma torcida organizada na República dos Camarões, um dos adversários do Brasil nessa fase inicial da Copa do Mundo. Esse doguinho é originário da República do Congo, que faz fronteira com a República de Camarões, por isso, tamanha popularidade deles por lá. Além disso, é considerado um dos cachorros mais antigos do mundo, já que foi retratado em várias pinturas rupestres encontradas que datam de 6.000 a.C.

Segundo o presidente da Cinofilia Brasileira (Cinobras), Éric de Moraes Bastos, é verdade que esses cães, geralmente, são reservados inicialmente, mas, quando eles se acostumam, se tornam extremamente carinhosos. “Seu instinto caçador e independente é aflorado, então, é aconselhável evitar deixá-lo só e entediado, para que não haja a frustração de destruição de objetos. O tutor desse pet deve sempre levá-lo a passeios, utilizando coleira e guia, pois ele pode querer ‘dar uma corridinha’”, compartilha.

Evitando o convívio desse cão com outros animais que possam servir como presas, como é o caso dos roedores, ele consegue viver em harmonia com outras espécies e crianças, segundo o profissional.

Uma das características da raça Basenji é que sua cauda é pequena e fica enrolada sobre seu corpo (Foto: reprodução)

Bastos menciona que, atualmente, existem poucos criadores registrados no Brasil para a raça Basenji. Já sobre a saúde do animal, o profissional levanta um alerta sobre possíveis quadros de Síndrome de Fanconi (um problema renal), problemas oftalmológicos e de tireóide. “Esses animais precisam de uma alimentação de qualidade e o tutor deve ficar de olho no comportamento (caso esteja mais amuado), além de, claro, atividades para ele não se entediar”, sugere.

A oferta de comida oferecida a essa raça deve ser dosada e sem exageros, conforme destaca Bastos. “Esse cão precisa de bastante atividades e, de resto, se trata de uma raça bem resistente. Com esses cuidados, ele pode viver cerca de 13 a 15 anos”, explica.

Outras curiosidades sobre o Basenji é que sua pelagem é bem curta e a pele é flexível. Normalmente, esses cães se apresentam em cores como preto, vermelho, tigrado, creme ou mogno, mas, em todos os casos, acompanhadas por uma pelagem branca. Além disso, a cauda desses animais é pequena e fica enrolada sobre seu corpo.

Esses cachorros possuem suas raízes caçadoras ainda bem atuais e gostam bastante de caçar. Por conta disso, a raça precisa de estímulos físicos e mentais rotineiramente, para que não fique frustrado e destrutivo.

Bastos expõe que essa é uma raça que o cativa. “Eu, particularmente, convivi com alguns na casa de meu pai. São ativos, carinhosos e aí vão mais duas curiosidades: as fêmeas dessa raça entram no cio apenas uma vez ao ano, ao contrário das demais que são duas; e esse cães não latem em momento algum”, revela. Isso significa que o cão seja mudo? Na verdade, não. O Basenji não consegue latir, por outro lado, emite um tipo do chamado yodel, uivos e chiados.

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