É dever de todo cristão ter conhecimento sobre alguns aspectos básicos que facilitam o entendimento bíblico. Este estudo, baseado no conteúdo do curso “CONHECENDO A BÍBLIA” de Luciano Subirá, busca explicar de forma clara princípios fundamentais para o conhecimento e interpretação da Palavra de Deus.
ASPECTOS BÁSICOS: TÍTULOS
A palavra Bíblia é derivada do grego Biblion, que significa livro, conjunto de livros, rolo. Essa é a expressão mais usada para se referir à Palavra. Dentro da própria Bíblia, é usada diversas vezes:
“Então lhe deram o livro do profeta Isaías. E, abrindo o livro, achou o lugar onde está escrito.” (Lucas 4.17)
“Então eu disse: ‘Eis aqui estou! No rolo do livro está escrito a meu respeito. Estou aqui para fazer, ó Deus, a tua vontade.” (Hebreus 10.7)
Outro título que a palavra recebe é “Escritura”:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (2 Timóteo 3.16)
“Ao falar a respeito destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas cartas. Nelas há certas coisas difíceis de entender, que aqueles que não têm instrução e são instáveis deturparão, como também deturparão as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pedro 3.16)
E por último, “Palavra de Deus”:
“Esse não precisará mais honrar os seus pais. E, assim, vocês invalidam a palavra de Deus, por causa da tradição de vocês.” (Mateus 15.6)
“Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus — e a Escritura não pode falhar —” (João 10.35)
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração.” (Hebreus 4.12)
INSPIRAÇÃO DIVINA
Homens foram movidos por Deus, usados como ferramentas para trazer a sua mensagem. Nesse papel tão importante, eles sabiam que tudo que lhes era revelado não se limitava à sabedoria humana.
“Primeiramente, porém, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal; porque nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1.20-21)
Da mesma forma com os profetas:
“Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e investigaram. Eles profetizaram a respeito da graça destinada a vocês, investigando qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas que eram indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao predizer os sofrimentos que Cristo teria de suportar e as glórias que viriam depois desses sofrimentos. A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vocês, ministravam as coisas que, agora, foram anunciadas a vocês por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, lhes pregaram o evangelho, coisas essas que anjos desejam contemplar.” (1 Pedro 1.10-12)
Os profetas pregaram e testemunharam acerca de Jesus, assim como aqueles que escreveram, foram direcionados e inspirados pelo Espírito Santo.
Entender esse direcionamento divino é o ponto de partida: A Bíblia foi escrita por homens inspirados por Deus. Ele é o autor. A humanidade foi apenas uma ferramenta para que a mensagem pudesse ser escrita.
A Palavra de Deus é o respaldo, assim como Jesus a usava como fundamento inquestionável, é nos dias de hoje. As Escrituras delimitam a fé em Cristo.
“Meus irmãos, apliquei estas coisas figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por causa de vocês, para que por nosso exemplo vocês aprendam isto: ‘Não ultrapassem o que está escrito’, para que ninguém se encha de orgulho a favor de um em prejuízo de outro.” (1 Coríntios 4.6)
“Não ultrapassem o que está escrito.” A Palavra é o fundamento.
“Vocês examinam as Escrituras, porque julgam ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” (João 5.39)
PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO
“As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre.” (Salmos 119.160)
Não há nada que possa ser tirado ou acrescentado; a Palavra de Deus é a verdade. Fundamentados nisso, é possível entender que quando algo é tirado de contexto, pode mudar o seu sentido. Não é possível avaliar uma parte sem a visão do todo.
Muitos usam passagens para justificar erros, mas esquecem que a Bíblia, como um todo, é a Palavra de Deus, e nele não há dúvida; não há uma só letra que vá contra outra.
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.” (Tiago 1.17)
CONTEXTO BÍBLICO
A Bíblia trata de diversos assuntos em diversas ocasiões; é preciso entender do que se trata em determinada afirmação, olhar com clareza sem distorcer a Palavra para o bem egoísta.
CONTEXTO HISTÓRICO
Da mesma forma que o contexto bíblico é importante, entender o tempo em que se passa, para quem e onde, também trarão clareza no entendimento.
TIPOLOGIA
É o estudo das figuras e símbolos bíblicos. Um exemplo da tipologia está em João 3.14 e 15:
“E assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”
Este texto mostra o paralelo entre a obra de Jesus e aquilo que Moisés tinha feito; não há coincidências, mas sim a sombra daquilo que estava por vir. A tipologia amplia o entendimento humano, mostra o Velho Testamento ilustrando o que aconteceria no Novo, e o Novo explica o Velho.
A própria Bíblia explica a Bíblia. Não há concorrência entre aquilo que foi dito antes, mas sim complemento. A Palavra é um todo, nada de subtrair.
“As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre.” (Salmos 119.160)
Que esses fundamentos possam trazer luz; dedique-se a buscar e conhecer o Senhor. Ele deseja se revelar a você!
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