Provérbios 6:20-23 nos traz uma imagem poderosa sobre a importância do mandamento e da instrução dos pais em nossa vida:
‘Meu filho, guarde o mandamento de seu pai e não abandone a instrução de sua mãe. Tenha-os sempre amarrados ao seu coração, pendure-os no seu pescoço. Quando você andar, essa instrução o guiará; quando você se deitar, ela o guardará; quando acordar, falará com você. Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução é luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida. ‘
Assim como uma lâmpada precisa da luz para cumprir seu propósito, o ensino dos pais nos dá direção e segurança no caminho que devemos seguir.
A metáfora da lâmpada e da luz nos mostra a necessidade de estar em submissão à orientação dos nossos pais, pois esse é o caminho para uma vida segura e iluminada. A lâmpada nos direciona; a luz nos protege. Essa combinação representa a harmonia que deve existir entre o pai e a mãe, ambos cooperando para orientar seus filhos. O pai estabelece o mandamento, e a mãe traz a instrução que penetra nos detalhes da vida.
A LÂMPADA E A LUZ EM AÇÃO
Assim como a lâmpada precisa da luz para ser eficaz, a instrução da mãe depende do mandamento do pai para alcançar seu verdadeiro potencial. A lâmpada sem a luz é apenas um objeto inerte. A luz, por sua vez, é o que revela as áreas escondidas, expõe as imperfeições e nos faz enxergar com clareza. Esse papel complementar dos pais é uma benção, pois nos oferece a base para uma vida firmada em direção e sabedoria.
Quantas vezes o conselho de uma mãe parece incomodar, mas, ao mesmo tempo, revela a verdade que precisamos ouvir? Como uma luz que penetra, a instrução é muitas vezes o que ilumina as áreas ocultas e nos confronta a fazer mudanças. A verdade pode ser desconfortável, mas é ela que nos liberta e transforma.
QUANDO OS PAIS FALHAM
Nem sempre os pais conseguem atuar perfeitamente nesse papel de lâmpada e luz, e isso pode gerar uma sensação de falta de direção. Quando os pais não conseguem trabalhar juntos nessa harmonia, precisamos escolher honrá-los com oração e atitudes que demonstrem respeito. Mesmo que discordemos de certas decisões ou atitudes, é nosso papel abençoá-los, intercedendo por seu casamento e pelos desafios que enfrentam. Devemos, assim, seguir o mandamento com promessa: “Honre o seu pai e a sua mãe” (Efésios 6:2-3).
INDEPENDÊNCIA: UMA ARMADILHA PARA A ALMA
A sociedade muitas vezes celebra a independência dos pais como um marco de maturidade, mas essa independência pode nos afastar da cobertura e proteção espiritual que Deus deseja para nós. A independência não deve nos isolar de nossas raízes ou dos conselhos que podem evitar quedas. Andar fora da cobertura dos pais espirituais ou físicos é o que o inimigo deseja. Uma vida guiada apenas por nós mesmos nos torna vulneráveis.
Não se trata de ser submisso por dependência ou por falta de escolha, mas de estar consciente do papel que Deus deu aos nossos pais. Assim, rejeitamos o “escudo” da orfandade e nos permitimos caminhar na segurança que a orientação deles nos dá, sempre submetendo nosso coração à Palavra de Deus.
FILHOS DO PAI CELESTIAL
Nossa identidade vai além de nossa paternidade terrena; somos filhos de Deus, nosso Pai celestial. João 1:12-13 nos lembra que aqueles que recebem Jesus são feitos filhos de Deus.
‘Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. ‘
Jesus viveu essa identidade e venceu as tentações no deserto porque sabia que era o Filho amado de Deus, cujo sustento vinha do Pai. Nós, como filhos, devemos buscar a mesma convicção. Saber quem somos em Deus e proteger nossas mentes das mentiras e tentações que buscam nos desviar do nosso propósito.
QUEM GUIARÁ SEU CORAÇÃO?
O mundo diz: “Siga seu coração”. Mas a Bíblia adverte que o coração é “enganoso e corrupto” (Jeremias 17:9). Nossa verdadeira identidade e segurança estão em sermos guiados pelo Espírito de Deus, e não por nossos desejos ou impulsos momentâneos. Quando somos guiados pelo Espírito, sabemos que somos filhos de Deus e que ele nos chama para um relacionamento profundo e constante com ele.
Deus deve ser o primeiro em quem pensamos ao buscar direção. Ele não apenas deseja nos ouvir, mas também nos guiar e nos preencher com o Seu amor e sabedoria. Quando entregamos a Ele o controle e nos afastamos do “escudo” da orfandade, encontramos verdadeira segurança. Que possamos escolher caminhar sob a direção de Deus, sabendo que somos filhos amados e guiados por seu Espírito.
Inspirado no livro Primeiro o Escudo, Depois o Buquê – Adquira o seu na loja.orvalho.com