O AMOR QUE TRANSFORMA
A jornada do cristão é um caminho de transformação em busca da santificação,nela somos convidados a nos tornar cada vez mais semelhantes a Cristo. Quando pensamos em produzir frutos, devemos ir além das simples ações externas e focar naquilo que Deus está realizando em nosso interior.
O sacrifício de Jesus, descrito em Romanos 5:6-8, é o ponto de partida para essa jornada. Ele nos amou tanto que deu a própria vida por nós, mesmo quando ainda estávamos distantes de Deus. Produzir frutos, portanto, é uma resposta natural ao amor que recebemos.
CARREGANDO A CRUZ
Jesus nos chama a seguir Seus passos com uma entrega total. Em Marcos 8:34-35, Ele diz: “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa e por causa do evangelho, esse a salvará.” Carregar a cruz significa deixar que o amor de Cristo transforme nossa maneira de pensar, agir e falar. Em 2 Coríntios 5:14-15, Paulo nos lembra que “o amor de Cristo nos domina,” e nos faz viver não mais para nós mesmos.
“Pois o amor de Cristo nos domina, porque reconhecemos isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
UMA DEVOÇÃO INABALÁVEL
Os mártires da fé nos inspiram com sua devoção inabalável. Eles enfrentaram a morte com coragem, cantando louvores até o último momento. Hebreus 11:38 fala dessas pessoas de quem “o mundo não era digno.” Um exemplo é o apóstolo Pedro, que, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo, porque não se considerava digno de morrer da mesma maneira que seu Senhor. Outro exemplo é o apóstolo André, que morreu em uma cruz em forma de “X” em Edessa, Ásia. Esses homens produziram frutos que duraram além de suas vidas, impactando gerações com seu testemunho.
Essa é a essência de produzir frutos: uma vida completamente rendida ao Senhor, que frutifica para a glória de Deus. O apóstolo João nos lembra da conexão entre amor e entrega: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 João 3:16). A maior expressão de amor é dar a própria vida, seja de forma literal, como os mártires, ou em nossa disposição diária de colocar o Reino de Deus sobre todas as coisas.
O CHAMADO À ENTREGA
Ao olharmos para a história da Igreja e para os exemplos de consagração, somos compelidos a refletir sobre nossa própria vida. Estamos realmente dispostos a tomar a nossa cruz e seguir Jesus? Estamos prontos para morrer para nossos desejos, para nossos planos, e para aquilo que consideramos essencial, em favor de viver plenamente para Cristo?
Produzir frutos, portanto, não é opcional para o discípulo de Jesus. Como disse Dietrich Bonhoeffer: “Quando Cristo chama um homem, propõe que ele venha e morra.” Morrer para si mesmo é uma exigência inegociável para quem deseja seguir a Cristo. Não há discipulado sem cruz, não há fruto sem renúncia.
A vida cristã é um constante processo de morte para o eu e vida para Deus. Em Lucas 9:23-24, Jesus reforça essa verdade: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, esse a salvará.”
Que possamos, então, abraçar a cruz e permitir que o Espírito Santo produza em nós os frutos que glorificam a Deus. Que nossa vida seja um reflexo do amor sacrificial de Cristo, uma vida que não busca autopreservação, mas sim, a exaltação do nome de Jesus. Somente assim, poderemos cumprir nosso chamado de produzir frutos, frutos que permaneçam e que sejam testemunho do poder transformador do evangelho em nossas vidas.
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