Nas experiências de vida das pessoas, elas geralmente pensam em si mesmas: “Eu abandonei minha família e minha carreira para Deus, e o que Ele me deu? Devo fazer as contas e confirmar — recebi alguma bênção recentemente? Eu dei muito durante esse período, corri, corri e sofri muito — Deus me deu alguma promessa em troca? Ele Se lembrou das minhas boas ações? Qual será o meu fim? Posso receber as bênçãos de Deus?”… Toda pessoa constante e frequentemente faz tais cálculos em seu coração e elas fazem exigências a Deus que trazem em si suas motivações, ambições e negócios. O que quer dizer que, em seu coração, o homem está constantemente colocando Deus a prova, constantemente concebendo planos para Deus, e constantemente argumentando a favor do seu fim com Deus, e tentando extrair uma declaração de Deus, vendo se Deus pode ou não dar a ele o que ele quer. Ao mesmo tempo em que busca a Deus, o homem não trata Deus como Deus. Ele sempre tentou fazer acordos com Deus, fazendo exigências incessantes a Ele, e até mesmo pressionando-O a cada passo, tentando tomar um quilômetro depois de receber um centímetro. Ao mesmo tempo em que tenta fazer acordos com Deus, o homem também discute com Ele, e há até mesmo pessoas que, quando as provações lhes sobrevêm ou se encontram em certas situações, frequentemente se tornam fracas, passivas e negligentes em Sua obra, e cheias de reclamações sobre Deus. Desde quando começou a acreditar em Deus, o homem considera que Deus é uma cornucópia, um canivete suíço, e considera-se o maior credor de Deus, como se tentar receber bênçãos e promessas de Deus fosse seu direito intrínseco e obrigação, enquanto a responsabilidade de Deus fosse proteger e cuidar do homem e prover para ele. Essa é a compreensão básica da “crença em Deus” de todos aqueles que acreditam em Deus e da sua compreensão mais profunda do conceito de crença em Deus. Da substância da natureza humana à sua busca subjetiva, não há nada que se relacione ao temor de Deus. O objetivo do homem em acreditar em Deus não poderia ter nada a ver com a adoração a Deus. Ou seja, o homem nunca considerou nem entendeu que a crença em Deus requer temer a Deus e adorar a Deus. À luz de tais condições, a substância do homem é óbvia. E qual é essa substância? É que o coração do homem é malicioso, abriga traição e engano, não ama a equidade e a justiça, ou o que é positivo, e é desprezível e ganancioso. O coração do homem não poderia estar mais fechado a Deus; ele não o entregou absolutamente a Deus. Deus nunca viu o verdadeiro coração do homem, nem jamais foi adorado pelo homem. Não importa quão grande seja o preço que Deus paga, ou quanta obra Ele executa, ou quanto Ele provê ao homem, o homem permanece cego a isso, e totalmente indiferente. O homem nunca entregou seu coração a Deus, ele só quer se importar com seu próprio coração, tomar suas próprias decisões — cujo significado implícito é que o homem não quer seguir o caminho de temer a Deus e se desviar do mal, nem de obedecer a soberania e arranjos de Deus, nem quer adorar a Deus como Deus. Tal é o estado do homem hoje.
A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus II”